Sob o lema “Mulheres em defesa da democracia, pela igualdade salarial e contra todos os tipos de violência”, movimento sindical articula manifestações previstas em vários pontos do país.
Na próxima sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, estão previstos atos em todo o país, organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e que contará com a adesão da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
“O lema, neste ano, é ‘Mulheres em defesa da democracia, pela igualdade salarial e contra todos os tipos de violência’. Queremos chamar a atenção para o papel das mulheres na proteção do Estado Democrático de Direito, que essa proteção da democracia significa proteger os direitos já conquistados por nós e que sem a democracia não conseguiremos avançar na luta contra a violência de gênero”, explicou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.
A presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT Nacional, Juvandia Moreira, ressaltou que, historicamente, o movimento sindical teve papel fundamental contra as desigualdades de gênero e, com isso, no fortalecimento de ações públicas de combate à violência contra a mulher.
“A luta pela igualdade de gênero em todos os aspectos da vida, dentro e fora do trabalho, é um compromisso nosso, para a construção de um mundo melhor, e inclui o combate às várias violências contra as mulheres, como o feminicídio, os constrangimentos físicos, sexuais, morais e as desigualdades econômicas, porque as mulheres ainda seguem recebendo menos que os homens, no mercado de trabalho, e são a maioria entre a população com menor renda”, observou. “Por isso é tão importante a participação de todas nós, nas ruas, no próximo dia 8 de março, para levantar nossas bandeiras por um país mais justo e digno para todas e todos”, pontuou.
O lema das mobilizações e atos para o 8 de março vem acompanhado das seguintes pautas:
- Combate à violência e ao feminicídio;
- Educação sem violência de gênero;
- Combate ao assédio moral no local de trabalho;
- Defesa da vida;
- Igualdade salarial;
- Garantia dos direitos reprodutivos;
- Campanha Brasil contra a misoginia;
- Pelo fim do genocídio na Palestina;
- Ratificação das convenções 156 e 190, da OIT; e
- Economia de cuidados.
Novo pico de feminicídio
Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2023, mais de 2.600 brasileiras foram vítimas de feminicídio, segundo levantamento divulgado neste mês pelo Monitor de Feminicídios no Brasil (MFB) – iniciativa conjunta da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Os números são bem superiores aos registrados em 2022, quando, segundo o Monitor da Violência, do portal G1 e do Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV-USP), o país havia registrado 1.410 casos de feminicídios e, até então, o maior registro de casos desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015.
“O Brasil segue como um país violento para as populações minorizadas. Mas para superar essa realidade inaceitável, temos que falar sim do assunto, fortalecer e criar mais canais de denúncias e de proteção às mulheres”, destacou Fernanda Lopes.
A secretária da Mulher da Contraf-CUT completou que a categoria bancária mantém, em vários pontos do país, entidades com o programa “Basta! Não vão nos calar!”, de assessoria jurídica humanizada a mulheres em situação de violência (clique aqui e saiba mais).
Participe!
São Paulo (capital) – Concentração às 14h, no Espaço Cultural Lélia Abramo – R. Carlos Sampaio, 305 – Bela Vista. Do local, os manifestantes seguirão em caminhada até a Avenida Paulista.
Ato principal: 17 horas, em frente ao MASP (Avenida Paulista)
Confira aqui os demais locais, em todo país
Fonte: Contraf-CUT