A Tivit começa em julho o seu primeiro investimento depois de ter passado às mãos do fundo de private equity Apax Partners, por meio da Dethalas Empreendimentos e Participações. Ela busca complementar a integração dos seus diferentes negócios, com um projeto de consolidar em seus dois grandes centros de processamento, em São Paulo e no Rio de Janeiro, toda a infraestrutura de tecnologia utilizada para a terceirização de processos - como servidores, os grandes computadores que gerenciam as redes de PCs nas empresas - distribuídas por outros 16 locais. Para fazer isso, investiu R$ 8 milhões desde o início do ano na compra de equipamentos, como servidores, máquinas de armazenamento de dados e rede de comunicações. As mudanças devem acontecer de julho a dezembro, após a empresa ter promovido durante o último semestre de 2009 um estudo de viabilidade para o projeto. A unidade de terceirização de processos combina serviços de central de atendimento e terceirização de outras atividades, como gestão dos recursos humanos e finanças. Ela é um dos três negócios da Tivit, que também incluem a terceirização da gestão de infraestrutura para as empresas e o desenvolvimento e manutenção de software. A empresa nasceu de fusões consecutivas de empresas de diversos perfis. Um dos principais pontos do projeto é o aprofundamento da sinergia entre as unidades de negócios, pois a gestão integrada da tecnologia que suporta os serviços terceirizados passará a ser feita pela equipe da unidade de infraestrutura. O plano se justifica por permitir ganhar eficiência operacional. De 365 servidores em operação, existirá ao fim do ano apenas 15, graças à tecnologia de virtualização, que permite diminuir a quantidade de máquinas físicas. “Haverá benefícios com o uso reduzido de energia, espaço, diminuição de custos de manutenção e agilidade, além de facilitar a administração dos nossos contratos e a negociação com os fornecedores”, diz o diretor de tecnologia da unidade de terceirização de processos, Eduardo Quadrado, que estima um prazo de dois anos para o retorno sobre o investimento. A equipe de 30 pessoas dedicadas ao plano fazem parte de uma equipe multidisciplinar, originárias das diferentes unidades da empresa. “Em 2007 (ano em que a Votorantim Novos Negócios integrou as operações de suas controladas Tivit e Telefutura), o mercado era mais cético com esse modelo integrado”, afirma o diretor de desenvolvimento corporativo e relações com os investidores, Edson Matsubayashi. Mas a dúvida era mais relacionada à novidade do que à falta de demanda das empresas por produtos integrados, defende ele, e agora esse modelo passou a ser visto como uma vantagem competitiva. “A Apax comprou a Tivit por seus serviços integrados e pela equipe de gestão”, afirma. A segunda parte da afirmação se confirma com o fato de o ex-tenista e cofundador da Telefutura, Luiz Mattar, ter sido mantido como presidente da Tivit e eleito este mês como presidente do conselho de administração. Ele assume a posição de Paulo Henrique de Oliveira Santos, do Grupo Votorantim, que será agora o vice-presidente. O sócio da Apax Partners, Jason Wright, também fará parte do conselho. Fonte: Brasil Econômico
Integração atraiu investidores