Após pressão, BB retoma negociação com representantes dos bancários Sindicato reivindica solução para diversos problemas apontados pelos funcionários da Nossa Caixa durante processo de incorporação entre os bancos |
São Paulo - Após a pressão dos funcionários da Nossa Caixa, que se mobilizaram em todo o estado em protestos e paralisações, os representantes dos trabalhadores e da direção do Banco do Brasil retomaram as negociações em torno do processo de incorporação.
Segundo Raquel Kacelnikas, representante dos trabalhadores na mesa de negociação, o processo negocial foi interrompido pela empresa, após o BB fazer uma exposição aos trabalhadores sobre as vagas que seriam disponibilizadas aos funcionários da Nossa Caixa, mas sem esclarecer como seriam preenchidas, ou o que ocorreria com a gratificação variável, entre outros questionamentos. “O banco não voltou a negociar e isso causou insegurança e incertezas terríveis que ficaram evidenciadas nas plenárias e reuniões que fizemos com os trabalhadores nas agências e concentrações. Situação que gerou também a paralisação dos funcionários do CPD da Marambaia”, afirma.
Na negociação realizada na tarde desta quarta-feira 25, os dirigentes sindicais levaram ao banco toda essa insatisfação e apresentaram questionamentos sobre diversos temas, como saúde, migração, vale-transporte, realocação, gratificação variável.
Os trabalhadores decidiram propor um documento, a ser encaminhado ao Conselho Diretor do Banco do Brasil, para que a instituição financeira assuma compromissos e defina prazos no processo de negociação durante a migração dos funcionários. O documento será entregue aos negociadores do BB durante nova rodada de negociação, agendada para esta quinta-feira 26, às 10h, também em São Paulo.
“Os bancários devem aguardar orientações e não devem fazer a migração que começa no dia 2 de dezembro. Os funcionários têm que ir para o BB com segurança e sem dúvidas em relação ao futuro”, orienta Raquel.
Assembleia – Nesta sexta-feira 27, os funcionários da Nossa Caixa reúnem-se em assembleia para deliberar sobre a greve de 24 horas no dia 30. “É importante que todos os bancários venham para a assembleia onde serão dados informes sobre as negociações. Estamos num momento decisivo e é necessária a participação de todos”, acrescenta Raquel.