O presidente mundial do banco Santander, Emílio Botín, anunciou ontem (30) que a instituição vai investir € 600 milhões em projetos universitários e convênios de colaboração com universidades durante os próximos cinco anos. É quase o dobro dos € 375 milhões gastos pelo banco para o mesmo fim nos últimos cinco anos. “O conhecimento, tanto científico como humanístico é um bem social que é necessário gerar, transmitir, difundir e aplicar se queremos promover o bem-estar e a prosperidade coletiva”, afirmou Botín na conferência de abertura do II Encontro Internacional de Reitores Universia - rede de 1.169 universidades de 23 países ibero-americanos mantida pelo Santander - realizada até amanhã em Guadalajara, no México. O executivo destacou que a crise econômica vivida mundialmente nos últimos dois anos fez alguns países retrocederem nos níveis de bem-estar anteriormente alcançados. “A região ibero-americana, pela primeira vez na história contemporânea, pôde superar melhor as dificuldades econômicas do que outras zonas, como Europa ou Estados Unidos, e isso é uma excelente notícia.” Apesar de dois milhões de universitários da região terem terminado os estudos nos últimos dez anos e se incorporado ao mercado de trabalho, Botín ressaltou que a taxa de universitários ainda está longe da verificada na União Europeia ou no Japão. A divisão do Santander dedicada à educação, chamada Santander Universidades, promove, além do Universia, outras iniciativas, como a concessão de bolsas de estudo, que somaram 14 mil no mundo desde que foi criada, na década de 1990. “No banco Santander, mantemos há 12 anos uma aposta clara e contundente pela educação, porque cremos firmemente que é o melhor investimento de futuro que podemos fazer, e mais em momentos de dificuldades econômicas”, disse Botín. O presidente do México, Felipe Calderón, presente no evento, ressaltou que iniciativas como a do Santander a projetos educacionais “é uma expressão dos novos paradigmas que estão se construindo no âmbito da educação superior”. “Estou convencido que as instituições de educação superior desenvolvem um papel estratégico para a America Latina”, afirmou. O encontro de reitores realizado no México reúne representantes de 1.057 universidades de 34 países localizados nos cinco continentes. Do Brasil, estão presentes representantes de 156 universidades, sendo 123 reitores. Fonte: Brasil Econômico