Terminou em impasse a negociação específica entre os bancários e o Itaú Unibanco, realizada na quarta-feira , dia 26. O banco disse que não vai aumentar o valor do Programa Complementar de Remuneração (PCR), estabelecido pela empresa em R$ 1.100 na última reunião. Os representantes dos funcionários deixaram claro que o valor é pequeno e que os trabalhadores não aceitarão um PCR menor que o do ano passado.
“Esse valor é inadmissível. Temos de ter a possibilidade de receber um PCR igual ou maior que o do ano passado. Conquistamos o nosso PCR em 2003 e a cada ano os funcionários conseguiram melhorá-lo sistematicamente. Não vamos aceitar este retrocesso agora, até porque o lucro do banco continua crescendo e a fusão entre o Itaú e o Unibanco só trará ganhos para a empresa”, destaca o presidente do Sindicato dos bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.
O impasse na mesa de negociações, segundo Marcolinoo, pode inviabilizar a antecipação de R$ 500 do PCR anunciado pelo Itaú Unibanco para o início de setembro. “Vamos voltar a negociar com o banco para tentarmos superar o impasse e encontrarmos uma solução negociada para o PCR. Aliás, esse tema dominou as negociações desta quarta e não pudemos nem mesmo avançar nas outras questões que estavam em pauta, como as unificações do convênio médico e das funções.
Segundo Elvis Carlos Bartholomeu, diretor do sindicato em Jundiaí e funcionário do banco, “é preciso terminar a negociação do PCR o mais rápido possivel para poder se concentrar em outras reivindicações apresentadas ao banco para nossa data-base”.
Evolução do PCR desde a sua criação, em 2003 | |
Ano | Valor |
2003 | R$ 500 |
2004 | R$ 800 |
2005 | R$ 850 |
2006 | R$ 1.200 |
2007 | R$ 1.500 |
2008 | R$ 1.800 |
Fonte: Sindicato dos bancários de São Paulo(Danilo Pretti Di Giorgi) e FETEC/CUT/SP