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Itaú Unibanco esclarece acordo com a CVM para extinguir processo

A assessoria de imprensa do Itaú Unibanco enviou hoje (31) nota de esclarecimento sobre o acordo firmado entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os banqueiros Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles.

O acordo visa extinguir um processo administrativo relacionado à união entre as duas instituições financeiras.

Setubal foi investigado por ter adquirido 40 mil ações preferenciais de emissão da Itaúsa Investimentos S.A., então controladora do Banco Itaú, nos dias 23 e 24 de outubro de 2008, antes da divulgação do fato relevante sobre a reorganização societária que resultou na criação do Itaú Unibanco, no início de novembro daquele ano.

O executivo concordou em pagar uma multa de R$ 267,6 mil, “equivalente ao dobro do ganho potencial por ele obtido nas operações questionadas”, de acordo com a CVM. Já Moreira Salles e outros dois administradores do Unibanco, Israel Vainboim e Francisco Eduardo de Almeida Pinto, apresentaram proposta de pagamento no valor de R$ 150 mil.

Em nota, o Itaú Unibanco esclarece que “as aquisições das ações da Itaúsa por Roberto Setubal… fazem parte de investimento habitual e legítimo do mesmo e se justificam em virtude do contexto da época, em que os preços das ações de ambas empresas caíram abruptamente, incluindo as da Itaúsa”.

“Os valores totais adquiridos foram pouco expressivos e, até por não se tratar de investimento especulativo, as ações não foram vendidas posteriormente”, explicou o comunicado do Itaú Unibanco.

Sobre a decisão de Moreira Salles e dos conselheiros Francisco Pinto e Israel Vainboim de aprovarem - no Conselho de Administração - o aumento do limite de ações que poderiam ser adquiridas no âmbito dos programas de recompra, o Itaú Unibanco esclarece que esta decisão ocorreu quando “o preço das ações do Unibanco apresentava, no final de outubro, grande instabilidade e volatilidade, com fortes indícios de ataque especulativo contra as mesmas”, especialmente por conta da deterioração nos mercados devido à crise financeira internacional.

“Naquele momento, não havia qualquer decisão sobre a associação entre os dois bancos, nem a certeza do que poderia vir a ocorrer, até porque as conversas entre os presidentes das duas instituições já perduravam por mais de 15 meses”, afirmou o comunicado do Itaú Unibanco.

“Considerando os pequenos valores envolvidos e a fim de resolver rapidamente a questão, os quatro executivos optaram por celebrar o termo de compromisso com a CVM”, finaliza a nota enviada pela assessoria de imprensa do maior banco do país em valor de mercado.

Fonte: Brasil Econômico

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