Itaú: Quando o trabalho desaparece

Itaú acumula problemas com transformação de agências em unidades de negócio

Imagine você chegar ao seu local de trabalho e ele não estar mais lá. Ou até se deparar com uma parede no lugar dos guichês de atendimento.

Pois é isso que tem acontecido com funcionários e clientes do banco Itaú. As agências Vila Arens, 9 de Julho e Francisco Morato acabam de ser transformadas em unidades de negócio. O mesmo já tinha acontecido com a agência da Vila Hortolândia, em Jundiaí. A agências de negócios apresenta um modelo novo: sem caixas, sem numerário, sem segurança, sem porta giratória.

Em muitos casos, não há sequer aviso aos funcionários, que são surpreendidos quando chegam para trabalhar. A retirada dos caixas desconsidera as necessidades dos clientes que precisam se deslocar para buscar atendimento em outra agência ou mesmo em outra cidade, num evidente desrespeito, particularmente para com aqueles que têm dificuldades de mobilidade.

No caso de Francisco Morato, o reflexo foi imediato na agência de Franco da Rocha, que já é extremamente movimentada e agora experimenta um verdadeiro caos. Aliás, como se não bastasse isso, o banco retirou uma das portas giratórias da agência e os transtornos só aumentaram.

Temos denunciado que a retirada dos seguranças coloca em risco a vida dos funcionários e clientes, mas o banco continua ignorando essa realidade.

“Um banco que lucra tanto com o trabalho de seus funcionários e o dinheiro de seus clientes deveria demonstrar mais respeito para com ambos”, ressaltou Letícia Mariano, funcionária do Itaú e diretora do sindicato. “A digitalização dos serviços não pode ser utilizada para justificar o descaso com funcionários que ficam em risco, acúmulo de funções e sob forte pressão por resultados”.

O Itaú parece estar dobrando a aposta no adoecimento dos trabalhadores, o que revela seu desprezo pelo presente e pelo futuro de funcionários e clientes.

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