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HSBC: SINDICATO RETARDA ABERTURA DA AGÊNCIA EM JUNDIAÍ

            Seguindo a determinação da Comissão de Empresa dos Funcionários do HSBC, o Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região retardou em meia hora a abertura da agência Centro em Jundiaí. Vários boletins foram entregues aos clientes com a manchete “Propaganda só para Inglês Ver”. O Sindicato realizou também, reunião com os funcionários discutindo a questão das demissões, a lucratividade do banco e a revisão da PLR dos funcionários.

            “Os trabalhadores foram os responsáveis pelo aumento da lucratividade do HSBC, e mesmo assim, o banco retribui com rebaixamento no pagamento da PLR e demissões”. – destaca Cláudia Barros, dirigente da FETEC-SP e funcionária do HSBC em Jundiaí.

 

Entenda o caso

 

O anúncio de Shaun Wallis, publicado no último dia 02/03 na Folha de São Paulo, não corresponde a realidade demonstrada pelo HSBC no Brasil.

O banco anunciou lucro líquido recorde de R$ 1,35 bilhão em 2008, crescimento de 9% em relação a 2007 e afirmou que a demissão de mais de 6.000 funcionários não atingiria as operações e os funcionários da instituição britânica no Brasil, que iniciou suas operações no país em 1997 e possui hoje 2.502 pontos de atendimento.

Conforme o balanço divulgado, o ativo total do HSBC no Brasil aumentou 58% em 2008, avançando de R$ 70,75 bilhões para R$ 112,1 bilhões. Conforme informações do banco, as operações de crédito tiveram papel preponderante no resultado recorde do ano passado, onde os ativos de crédito cresceram 27% em 2008, com forte ênfase nos mercados de financiamento a pessoas físicas e a pessoas jurídicas.

Por outro lado, o HSBC elevou em 23% as previsões contra devedores duvidosos, implementando desta forma uma política conservadora de concessão de crédito, não colaborando para a saída da crise econômica que afeta nosso país.

Além disso, o banco mostra que não cumpre o que diz, principalmente nos assuntos referente aos funcionários, onde a melhor ilustração são os números de demissões e fechamento de departamentos em todo o Brasil, conforme o quadro abaixo:

 

  • Searj - departamento fechado em dezembro no RJ - 95 demissões

  • 60 demissões no CAM - Centro Administrativo Morumbi - bancários e terceirizados

  • 17 agências fechadas em São Paulo - no mínimo 60 demissões

  • Departamento fechado em Curitiba em janeiro - 100 trabalhadores demitidos.

 

A pergunta que fica é: Devemos acreditar na transparência do HSBC no Brasil? Ou isso é apenas propaganda para “inglês ver”?

 

Sindicatos de todo o país estão realizando atividades contra as demissões e fechamento de departamentos, além de lutar pela revisão do pagamento da PLR dos funcionários, que em alguns casos foi rebaixado.

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