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Campanha Salarial 2016

Em seu 16º dia greve se estende para Itupeva

Das 120 agências, 98 estão fechadas. Sindicato destaca que greve também chama atenção para as péssimas condições de trabalho e as taxas de juros altíssimas.

 

A greve dos bancários, que completou 16 dias nesta quarta-feira (21), já é considerada a maior greve da história da categoria em termos de adesão. Um balança parcial da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) indica que mais de 13 mil agências estão fechadas em todo o país, representando um total de 56% de adesão.

Na região, o movimento ganhou força com o fechamento das cinco agências de Itupeva. Agora são 98 agências fechadas na região de Jundiaí.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, Douglas Yamagata, diz que tem se surpreendido com a compreensão de grande parte dos clientes. “Grande parte da população entende que a greve não é só uma questão salarial. A greve é um instrumento de luta dos trabalhadores contra a desvalorização salarial, mas também contra metas abusivas, assédio moral, péssimas condições de trabalho e a onda de demissões”, disse.

 

Yamagata ressalta que a população só tem a perder com a ganância dos banqueiros. “A ambição dos bancos é tanta que além de não apresentar salário decente e um atendimento de qualidade, eles ainda cobram dos clientes taxas de juros e tarifas altíssimas”, destaca ele, lembrando que a taxa de juros do cheque especial bate recordes a cada mês e que só neste ano já subiu 39,3 pontos percentuais.

 

Embora a greve se fortaleça a cada dia a Fenaban ainda não marcou nova rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários.

 

Números na região

Das 120 agências da região, 98 estão fechadas. Só em Jundiaí são 54. A cidade conta com apenas sete agências funcionando, todas de bancos privados.

Nas cidades de Itupeva, Francisco Morato, Caieiras, Franco da Rocha, Cajamar (Jordanésia e Polvilho) todas as agências estão paralisadas. Em Várzea, Campo Limpo e Jarinú todos os bancos públicos aderiram ao movimento. Os bancos privados dessas cidades continuam atendendo.

Campeões de reclamação

Quem depende dos bancos sabe que as reclamações são inúmeras por conta das filas imensas, falta de funcionários, problemas com a falta de segurança, entre tantos outros. No ranking das maiores reclamações entre os consumidores brasileiros, o sistema financeiro ocupa a segunda posição. No total, o BC recebeu 5.927 reclamações no período.

 

Dia Nacional de Luta

Por “Nenhum Direito a Menos”, CUT, CTB, UGT, Força Sindical, Nova Central, CSP-Conlutas e Intersindical, Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo promovem, nesta quinta-feira (22), dia nacional de paralisação contra as propostas para o mundo do trabalho que vêm sendo anunciadas pelo governo Michel Temer. A mobilização inclui paralisações, atrasos na entrada, assembleias nas portas das empresas, passeatas e manifestações, que serão atividades preparatórias para a construção de uma greve geral no país.

Em São Paulo, às 10h, trabalhadores farão concentração diante da sede Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), na Avenida Paulista. Às 11h, sindicalistas entregarão à entidade patronal pauta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas.

Jundiaí e região participam com representantes da Subsede da CUT que se dirigem para o ato em São Paulo, com a participação de sindicalistas e movimentos sociais.

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