ATUALIZE O SEU CADASTRO

Funcionários oriundos da Nossa Caixa protestam contra reajuste abusivo do Economus 

”Nosso protesto é para que o BB negocie e ofereça uma saída justa, trazendo eles para patamares iguais aos dos funcionários do banco na Cassi”, informa Paulo Malerba

Na última quarta-feira (6) funcionários e aposentados oriundos do banco Nossa Caixa protestaram contra os reajustes implantados pelo Economus, o Instituto de Seguridade Social de Previdência Complementar, constituída nos anos 70 como política de recursos humanos do antigo Banco Nossa Caixa S/A e adquirido em 2009 pelo Banco do Brasil.

O protesto foi por direitos iguais aos funcionários incorporados da Nossa Caixa pelo BB. ”Sobretudo na área da saúde eles estão tendo problemas no Economus porque o BB não os igualou em direitos da Cassi e nem os trouxe para a Caixa de Assistência”, explica Paulo Malerba, presidente do Seeb Jundiaí, que participou do movimento em São Paulo.

Ele informa ainda que aposentados tiveram grande elevação nos custos do plano. ”Muitos já estão se desligando por conta dessa inviabilidade econômica. Nosso protesto é para que o banco negocie e ofereça uma saída justa, trazendo eles para patamares iguais aos dos funcionários do BB na Cassi”.

Economus informou em setembro que o custeio das despesas dos planos Feas se dará por meio da arrecadação das contribuições dos beneficiários pagantes. Desta forma, a entidade fechada de previdência complementar dos funcionários oriundos do Banco Nossa Caixa majorou os valores dos pisos, estabeleceu um valor de teto para as contribuições mensais, e ajustou o percentual das coparticipações e o cálculo do percentual de contribuição mínimo necessário.

Direção do BB resiste em negociar

As atualizações dos valores para o período de agosto a dezembro de 2021 foram feitas com base em um estudo atuarial submetido à Governança do Economus, que aprovou a revisão do custeio, válido já a partir deste mês de setembro de 2021, da seguinte forma:

  • Alteração do percentual de contribuição de 15,95% para 22,5%, aplicados sobre a renda do titular;
  • Reajuste dos pisos para:
    a. Feas Básico e Feas Pamc: de R$300,00 para R$ 600,00 (per capita)
    b. Novo Feas: de R$600,00 para R$ 1.200,00 (por grupo familiar)
  • Estabelecimento de um teto de contribuição mensal de R$ 4.500,00,
    a. individual para os planos Feas Básico e Feas Pamc;
    b. por grupo familiar, para o Novo Feas;
    c. no mês de recebimento do 13º salário esse valor de teto será de R$ 9.000,00; e
    d. o valor de teto não será observado nos casos de recebimento antecipado de recursos do plano PrevMais.
  • Mudança na coparticipação do Novo Feas, que passou de 20% para 30% para procedimentos de baixa complexidade, mantendo o limite mensal de desconto de 5% sobre a renda do titular.

“Este novo reajuste já vem de uma sequência de aumentos iniciada em 2018 que praticamente inviabiliza a permanência dos aposentados no plano.”

Adriana Ferreira, dirigente sindical e bancária do Banco do Brasil

Já havia no Acordo Coletivo de Trabalho firmado com o Banco do Brasil em 2018, e renovado em 2020, uma cláusula que prevê a instauração de mesa de negociação específica para discutir as questões pendentes que afetam os funcionários de bancos incorporados.

“E uma destas questões que o movimento sindical, os trabalhadores e os aposentados querem debater, são os problemas que envolvem o plano de saúde dos funcionários do extinto Banco Nossa Caixa, incorporado pelo Banco do Brasil em 2009”, afirma Getúlio Maciel, dirigente sindical da Fetec/CUT-SP e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

Desde outubro de 2020, a diretoria do Banco do Brasil, com pleno conhecimento da Cassi, têm em mãos proposta de oferta de Cassi e Previ para todos os funcionários do banco, sem discriminação, apresentada pelo movimento sindical, durante as negociações da renovação do ACT vigente.

“Mas direção do BB resiste em abrir processo negocial, e esta continua sendo uma das nossas reivindicações mais urgentes. Até quando a direção do Banco do Brasil vai continuar fechando os olhos e se negando a discutir os problemas que afetam profundamente os funcionários de bancos incorporados?”

Getúlio Maciel, dirigente sindical da Fetec/CUT-SP e integrante da CEBB

fontes Seeb Jundiaí e Seeb SP

Compartilhe!