Estava marcada para esta segunda-feira, 13/9, uma reunião com o Ministério do Trabalho e Emprego em Brasília, representantes do movimento sindical bancário e a Federação Nacional dos Bancos para discutir direito de greve. Mas o debate não aconteceu. De última hora, a Fenaban avisou que não poderia comparecer e deixou o Ministério e os bancários a ver navios. A reunião havia sido marcada por conta de uma denúncia encaminhada pelas entidades representantes dos trabalhadores à Organização Internacional do Trabalho (OIT). CUT, Contraf-CUT, FETEC-CUT/SP e sindicatos do Rio de Janeiro e São Paulo denunciaram o abuso que os bancos estavam cometendo, violando direitos garantidos pela Constituição Brasileira ao se valerem de interditos proibitórios e manobras jurídicas para coibir greves, paralisações e punir dirigentes sindicais. A OIT encaminhou essa denúncia ao MTE, que marcou uma reunião com os sindicalistas e a entidade patronal para discutirem a questão. Mas o que se viu foi os banqueiros correrem do debate. “A ausência da Fenaban demonstra que os banqueiros não querem abrir mão deste artifício jurídico, ocupando o tempo da Justiça e da polícia militar com tantos processos que têm como objetivo claro de impedir o direito de greve, quando os trabalhadores reivindicam melhores salários e condições de trabalho”, afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP e um dos membros da comissão que esteve em Brasília para a reunião. Uma nova data será agendada pelo MTE. Fonte: Fetec/CUT-SP