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Dia Nacional de Greve na Educação tem adesão de milhares de pessoas em todo o país. Em Jundiaí o protesto aconteceu na Praça da Ponte Torta.

 

O Dia Nacional de Greve na Educação, nesta quarta-feira, é a primeira grande greve sob o governo de Jair Bolsonaro. Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a política de cortes na área educacional.  O movimento tem apoio de trabalhadores no setor de ensino, além de professores, pesquisadores, alunos e pais de alunos. A tag #TsunamiDaEducação já se posiciona no topo do Twitter.

O principal objetivo da mobilização, segundo os organizadores, é mostrar para a população a importância das universidades no ensino, nas pesquisas e na prestação de serviços à sociedade.

Em Jundiaí o ato em defesa da Educação aconteceu na Praça Erazê Martinho, na Ponte Torta. Dezenas de estudantes, acompanhados por pais e professores, de escolas públicas e particulares, deram seu recado contra o governo que tenta desmontar a Educação pública do país com cortes inclusive nas grandes universidades.

O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região apoiou o movimento e participou do ato coordenado pelo Sinpro, Sindicato dos Professores. “Como sindicato cidadão estamos preocupados com vários temas em nossa sociedade que interfiram na vida do trabalhador. Por isso, é de fundamental importância o nosso apoio aos estudantes, professores e profissionais da educação neste momento. A educação é uma ferramenta poderosa para assegurar um futuro melhor ao nosso Brasil”, disse Paulo Malerba, presidente do Sindicato e doutor em Ciência Política pela Unicamp.

Em todas as capitais o movimento ganhou grande adesão. Na Câmara dos Deputados, os parlamentares aprovaram requerimento de Orlando Silva (PCdoB-SP) convocando o ministro da Educação Abraham Weintraub para dar explicações sobre a política de cortes e sua conduta movida a rancor ideológico contra as universidades federais.

O setor da educação universitária vai parar no Brasil inteiro. Até agora já são mais de 70 universidades que confirmaram a adesão à greve e aos atos que já estão ocorrendo em todas as capitais. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, o corte de recursos da área “colocou lenha na fogueira” e ajudou a ampliar a adesão. “Somente juntos vamos fortalecer essa luta pelo direito social e humano a uma educação pública e de qualidade da creche à pós graduação”, disse.

Entenda o que o governo Bolsonaro está cortando na Educação

Depois de anunciar que o MEC cortará verbas de três universidades federais por “balbúrdia”, o ministro da educação, Abraham Weintraub, foi além. Os cortes não serão apenas nos orçamentos das Universidades Federal Fluminense (UFF), da Bahia (UFBA) e de Brasília (UnB). Agora, todas as universidades e institutos federais terão seus orçamentos cortados em 30%.

O governo federal anunciou em 29 de março um contingenciamento de R$ 29,5 bilhões do orçamento da União. R$ 5,8 bilhões foram contingenciados do Ministério da Educação (MEC) e R$ 2,1 bilhões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Agora, Weintraub começa a definir de onde cortará a verba em sua pasta.

O ministro decidiu que todas as universidades e institutos federais terão 30% do seu orçamento cortados a partir do segundo semestre. O corte se dará no orçamento para despesas discricionárias. Elas são usadas para pagar, por exemplo, as contas de água e luz, além de serviços de limpeza.

O ANDES-SN repudia os cortes orçamentários e responde a eles com mobilização. Além dos protestos de hoje, educadores e alunos vão participar da greve geral marcada para o dia 14 de junho.

fonte: Rede Brasil Atual, Andes  e Seeb Jundiaí

Confira imagens do Ato na Praça Erazê Martinho (Ponte Torta)