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Entenda por que a Caixa continua em greve

Negociação com a Caixa não avança e empregados mantêm greve em todo o país
Representação nacional dos empregados avalia que proposta não contempla diversas reivindicações específicas da campanha salarial de 2009

Como a Caixa Econômica Federal não avançou na proposta que já havia apresentada nas rodadas anteriores, para as reivindicações específicas da campanha salarial deste ano, os trabalhadores da empresa mantêm a greve por tempo indeterminado em todo o país, seguindo assim orientação do Comando Nacional dos Bancários.

Na Caixa, o processo de negociação das questões específicas foi retomado ontem entre o Comando Nacional e os representantes da empresa, durante reunião realizada em São Paulo. Na ocasião, a Caixa reafirmou os pontos da proposta apresentada aos trabalhadores na rodada do dia 1º de outubro e assumiu o compromisso de seguir o acordo proposto pela Fenaban, que prevê reajuste salarial de 6% (ganho real de 1,5%) e uma nova regra para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR): 90% do salário mais parcela fixa de R$ 1.024, com teto de R$ 6.680, além de uma PLR adicional de 2% do lucro líquido distribuídos linearmente entre todos os bancários, com teto de R$ 2.100.

Entenda o problema da PLR

Todo bancário tem direito a 90% do seu salário, mais um valor fixo de R$ 1.024,00, com teto de R$ 6.680,00.

O valor calculado pela equação acima, somado de todos os bancários da Caixa, será um montante que não poderá ser superior a 13% do lucro liquido.

Lembrando que 2% do lucro liquido será dividido linearmente para todos os bancários da Caixa, com teto de R$ 2.100,00. Este percentual, acrescido dos 13%, perfaz os 15% de limite máximo para o montante de PLR da proposta da Fenaban.

Como os primeiros cálculos levam a crer que a equação acima (90% + R$ 1.024) de cada trabalhador, somados, constituirão um montante superior aos 13% do lucro liquido, será necessário aplicar um redutor no valor de cada um, para que o montente fique nos 13% citados.
Segundo os mesmos cálculos, este redutor será de 23% do valor que cada bancário teria direito. Conclusão: É inadimissível aceitar uma proposta de PLR cujos valores sejam menores do que os de 2008!

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