Cresce violência contra agências lotéricas e banco postal

FETEC/CUT-SP   
23 /02 / 2010

Cada vez mais, casas lotéricas e agências do banco postal nos Correios vêm sendo alvo de assaltantes em todo o país. O fato de atuarem como miniagências bancárias sem mecanismos suficientes de segurança facilita a ação dos marginais, colocando em risco a vida de trabalhadores e da população em geral.

As ocorrências já são tão volumosas que até mesmo a grande mídia já se vê obrigada dar repercussão, denunciando a falta de segurança desses estabelecimentos, que nos últimos anos foram transformados em correspondentes bancários.

Atualmente, são 6 mil agências dos Correios e 10,2 mil lotéricas espalhadas pelo Brasil realizando serviços bancários, como depósitos, saques, pagamentos - quase tudo em dinheiro vivo, sem quaisquer dispositivos de segurança, como os que são exigidos para as agências bancárias.

Inúmeros ataques no interior do Estado de SP motivaram o Sindicato dos Funcionários dos Correios a entrar com ação na Justiça para que agências do interior paulista tenham segurança semelhante à dos bancos, com vigilantes, alarme e porta giratória. Enquanto aguarda a decisão, a entidade tenta motivar os demais sindicatos do país para tomarem medida similar.

As direções dos Correios e da Caixa Econômica Federal, responsável pelas agências lotéricas, garantem que há destinação de recursos para investimento em segurança. “Se o investimento existe, ele é insuficiente para garantir o bem-estar de funcionários e clientes”, afirma a diretora de Saúde da FETEC/CUT-SP, Crislaine Bertazzi, ao lembrar que o tomador dos serviços dos Correios é o Bradesco. “Um dos maiores bancos privados do país tem um papel a ser cumprido neste sentido”.

De acordo com a dirigente, há tempos, o movimento sindical bancário cobra a adoção de medidas de segurança para os correspondentes bancários sem deixar de denunciar a sua irregularidade. “Eles são inadequados não apenas pela falta de segurança, mas também por corroborar para a precarização das condições de trabalho de seus funcionários. São inúmeros trabalhadores realizando atividades tipicamente bancárias sem fazer jus às garantias asseguradas pela categoria bancária. Agora, frente ao crescimento da violência, as ações devem ser redobradas no sentido de assegurar mais saúde global para o conjunto da população”, finaliza Bertazzi.


Lucimar Cruz Beraldo

 

Fonte: Fetec/CUT

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