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Movimento Sindical cobra o fim das demissões no Banco Pan

Apenas no mês de março 170 funcionários foram demitidos. A negociação também discutiu DSR e advertências aplicadas pelo banco

A Contraf-CUT, Sindicatos e Federações se reuniram com Banco Pan, nesta quinta-feira (30), na sede da Confederação, em São Paulo, para cobrar o fim das demissões na instituição financeira. Apenas no mês de março, o banco demitiu 170 funcionários. Os representantes dos trabalhadores reivindicaram que o banco assuma um compromisso com o emprego da categoria, em virtude, principalmente, da conjuntura atual de crise política e econômica no país.

“O banco alega que bancarizou 1.400 funcionários, que antes estavam em outras categorias, como comerciários, e que isso impactou a folha de pagamento. Mas em cima do balanço do banco, ponderamos que não houve aumento de despesas como o Banco Pan tentou explicar. É de fundamental importância, que neste momento, o banco mantenha seus funcionários, sem demissões e faça novas contratações para movimentar a economia”, disse Jair Alves, diretor da Fetec/SP.

Foi solicitado ao banco que apresente uma planilha atualizada, de janeiro a março de 2017, sobre as demissões ocorridas em todos os estados onde a empresa atua.

A reunião também discutiu o DSR (Descanso Semanal Remunerado) sobre comissões. Foi feita uma alteração, nos últimos dois meses, que reduziu o valor pago sobre o DSR e comissões. O banco explicou que é uma adequação com base nas normas do Banco Central, mas a Contraf-CUT solicitou que seja apresentada a forma de cálculo utilizada.

“Os funcionários estão procurando seus sindicatos com muitas reclamações por conta do problema em todo o Brasil. Precisamos saber como é feito este cálculo, para rever se os pagamentos efetuados estão corretos ou não”, afirma Katlin Salles, diretora do Sindicato dos Bancários de Curitiba.

Os representantes dos trabalhadores ainda destacaram o grande número de advertências em função de antecipação da marcação do ponto no intervalo de almoço. O Banco Pan se comprometeu a não aplicar as advertências neste mês, além e fazer uma campanha de conscientização entre os funcionários a partir de abril.

“Cobramos maior clareza na aplicação das advertências, e esperamos que a campanha de esclarecimento junto aos funcionários seja positiva, para que o sistema de marcação do ponto não traga prejuízos para os trabalhadores”, explica Talita Régia, diretora da Fetec-CUT/CN.

A próxima reunião com o Banco Pan deve ocorrer no mês de abril, onde será discutido o PPR (Programa Próprio de Remuneração) e a jornada de trabalho dos operadores de crédito de veículos.

Fonte: Contraf-CUT

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