Conferencia Nacional define reivindicações

Bancários querem 10% de reajuste

 

Rede de Comunicação dos Bancários   

19 /07 / 2009

Índice de reajuste de 10% (reposição da inflação mais 5% de aumento real), PLR de três salários mais R$ 3.850, contratação de toda remuneração dos trabalhadores (inclusive a parte variável, com o objetivo de acabar com imposição de metas abusivas). PCS para todos. Essas são as principais cláusulas econômicas da pauta oficial de reivindicações a ser entregue aos representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nos próximos dias.

As reivindicações foram definidas durante a 11ª Conferência Nacional realizada entre os dias 17 e 19 de julho, em São Paulo, com a participação de cerca de 640 delegados bancários eleitos em conferências estaduais e regionais realizadas por todo o país.

Está mantida a campanha nacional unificada entre bancos públicos e privados, com debate das questões de cada banco sendo realizados em mesas específicas. “Essa é uma das principais forças dos bancários. Nossa Convenção Coletiva de Trabalho Nacional é exemplo para todos os trabalhadores do país. E a campanha unificada tem garantido ao longo dos últimos anos a manutenção de direitos e novas conquistas. Juntos, trabalhadores de bancos públicos e privados vão avançar novamente em 2009”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Reajuste Salarial - Será feita a vontade manifestada pelos bancários em consultas feitas pelos sindicatos de todo o Brasil. Essa foi a principal base para a decisão dos delegados bancários eleitos na reivindicação de 10% como índice de reajuste salarial e para as demais verbas (como vale-alimentação e refeição). “As consultas à categoria é marca do movimento sindical bancário: o respeito à vontade e a valorização da participação da categoria”, afirma Marcolino.

“Nas pesquisas feitas em todo o Brasil, os bancários apontaram que o índice a ser reivindicado deveria ser de 10%, que representa a reposição da inflação mais aumento real de 5%. A Conferência fez valer a vontade do trabalhador e agora vamos iniciar a luta para arrancar dos banqueiros o justo aumento real nos nossos salários”, destaca a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira. 

Participação nos Lucros – A reivindicação definida após os debates da conferência e que será levada aos banqueiros é o pagamento de três salários mais R$ 3.850 a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Queremos tornar a distribuição da PLR mais justa para os bancários e com uma regra mais simplificada, que dificulte manobras contábeis que reduzam a participação dos trabalhadores no lucro dos bancos, que continua crescendo”, destaca Juvandia.

Remuneração Total - Contratação total da remuneração do bancário, essa foi a decisão dos delegados bancários na 11ª Conferência Nacional. “O papel primordial do Sindicato é lutar pelos empregos e salários dos bancários. E não podemos nos furtar a esse papel, temos de discutir a gestão da empresa, formular e contratar a renda total dos bancários. Queremos negociar com os bancos a remuneração variável que compõe cada vez parcela maior do salário dos empregados dos bancos para colocar travas, limitar e acabar com a imposição de metas abusivas que atormentam e adoecem os trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato, ressaltando a luta pelo fim do assédio moral, conseqüência direta da cobrança por metas abusivas, como uma das principais reivindicações em 2009.

Pisos - Os bancários querem a valorização dos salários de ingresso na categoria, com o piso salarial de escriturário baseado no salário mínimo do Dieese, de R$ 2.047. O piso de portaria seria de R$ 1.432,90 e o de caixa R$2.763,45. Para o primeiro comissionado a reivindicação é de R$ 3.477,88 e para o primeiro gerente R$ 4.605,73. 

PCCS – A atual proposta de criação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos os bancos, com o acompanhamento dos sindicatos foi mantida. Essa proposta prevê 1% de reajuste a cada ano de trabalho. A cada cinco anos, esse reajuste será de 2%. O banco é obrigado a promover o bancário pelo menos um nível a cada cinco anos. A proposta de PCS determina, ainda, que os bancos são obrigados a treinar o trabalhador para a nova função por no mínimo 60 dias. E quando houver uma nova vaga, o banco é obrigado a fazer um processo de seleção interna para preenchê-la. Para cada cargo e função, o banco deve apresentar a grade curricular necessária e oferecer o curso aos trabalhadores dentro do expediente. Em caso de descomissionamento do bancário, a comissão será incorporada ao salário integralmente.

“O trabalhador tem direito a enxergar um futuro na sua carreira profissional e a criação do PCS é fundamental para isso. Essa foi uma das prioridades apresentada pelos bancários na consulta feita em todo o estado de São Paulo”, explica Marcolino.

Emprego - Novas contratações, fim das terceirizações, garantia de emprego inclusive durante os processos de fusão, luta pela ratificação da Convenção 158 da OIT que proíbe dispensas imotivadas, acabar com as demissões por justa causa em função de endividamento, respeito à jornada de trabalho. Essas foram algumas das prioridades definidas pelos trabalhadores para garantir o emprego dos bancários.  

Mais – Os delegados bancários também definiram reivindicar a ampliação do auxílio-educação para todos e a licença-maternidade de seis meses.

 

 

 

Conferência aprova pauta de reivindicações e estratégia da Campanha 2009

 

Rede de Comunicação dos Bancários   

19 /07 / 2009

Após três dias de discussões, os 640 delegados de todo o país presentes à 11ª Conferência Nacional dos Bancários definiram neste domingo a pauta de reivindicações e a estratégia da Campanha 2009. As principais bandeiras são índice de reajuste de 10% (reposição da inflação mais 5% de aumento real), PLR de três salários mais R$ 3.850, contratação de toda remuneração dos trabalhadores (inclusive a parte variável), valorização dos pisos salariais, combate às metas abusivas e ao assédio moral, PCS para todos, mais segurança nas agências e regulamentação do Sistema Financeiro Nacional, que incentive o crédito e reduza os juros.

Está mantida a campanha nacional unificada entre bancos públicos e privados, com negociações das questões de cada banco sendo realizadas simultaneamente em mesas específicas. A pauta de reivindicações será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no início de agosto.

“O resultado da Conferência é extremamente positivo, coroando um amplo processo democrático de discussões com os bancários, que passou por assembleias, consultas em todas as bases sindicais e conferências regionais”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional.

“A Conferência Nacional é a conclusão de uma parte do processo de construção de nossa campanha salarial. Definidos os rumos, agora é hora de juntarmos nossas forças e irmos à luta em busca daquilo que os trabalhadores apontaram como objetivo a ser alcançado. Além da parte econômica, temos a busca por melhores condições de trabalho, segurança, saúde e um amplo debate junto à sociedade sobre o papel que o sistema financeiro deve cumprir na construção de um País mais justo com crescimento e distribuição de renda”, acrescenta Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.

Aumento real de salário

Confirmando a vontade manifestada pela maioria dos bancários nas consultas feitas pelos sindicatos em todo o Brasil e pela pesquisa encomendada pelo Comando Nacional, os delegados que participaram da Conferência Nacional aprovaram reivindicar o índice de reajuste de 10%, o que pelas projeções da inflação para setembro significa aumento real de mais de 5%. Já para a cesta alimentação será reivindicado um salário minimo (R$ 465,00).

PLR maior e contratação da remuneração total

A reivindicação definida após os debates da conferência e que será levada aos banqueiros é o pagamento de três salários mais R$ 3.850 a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Essa é uma das alternativas de distribuição da PLR que o Comando Nacional havia apresentado na semana passada à Fenaban, nas conversações já iniciadas visando a mudança na fórmula de pagamento, de maneira a torná-la mais justa e transparente.

Os representantes dos bancários que participaram da 11ª Conferência Nacional também aprovaram a proposta de contratação total da remuneração da categoria, incluída a parte variável.

Valorização dos pisos

Os bancários querem a valorização dos salários de ingresso na categoria, com o piso salarial de escriturário baseado no salário mínimo do Dieese, de R$ 2.047. O piso de portaria seria de R$ 1.432,90 e o de caixa R$2.763,45. Para o primeiro comissionado, a reivindicação é de R$ 3.477,88 e para o primeiro gerente R$ 4.605,73.

Plano de Carreira

A Conferência manteve a proposta de criação de um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos os bancos, com o acompanhamento dos sindicatos - que já estava na pauta de reivindicações do ano passado.

A proposta prevê 1% de reajuste a cada ano de trabalho. A cada cinco anos, esse reajuste será de 2%. O banco é obrigado a promover o bancário pelo menos um nível a cada cinco anos. A proposta de PCS determina, ainda, que os bancos são obrigados a treinar o trabalhador para a nova função por no mínimo 60 dias. E quando houver uma nova vaga, o banco é obrigado a fazer um processo de seleção interna para preenchê-la. Para cada cargo e função, o banco deve apresentar a grade curricular necessária e oferecer o curso aos trabalhadores dentro do expediente. Em caso de descomissionamento do bancário, a comissão será incorporada ao salário integralmente.

Preservação do emprego

Novas contratações, fim das terceirizações, garantia de emprego inclusive durante os processos de fusão, luta pela ratificação da Convenção 158 da OIT que proíbe dispensas imotivadas, acabar com as demissões por justa causa em função de endividamento, respeito à jornada de trabalho. Essas foram algumas das prioridades definidas pelos trabalhadores para garantir o emprego dos bancários.

Os delegados bancários também definiram reivindicar a ampliação do auxílio-educação para todos e a licença-maternidade de seis meses.

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