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Comissão de Empregados e Caixa avançam em alguns pontos sobre teletrabalho e banco de horas

As duas partes vão ajustar a proposta de acordo para discutir o modelo na próxima reunião, marcada para o dia 18 de outubro

A Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa e representantes do banco se reuniram nesta quinta-feira (7) para uma nova rodada de negociação sobre o acordo de teletrabalho e banco de horas. Houve uma sinalização positiva do banco para avançar em alguns pontos, como a redução do prazo de compensação das horas-extras e o aumento do valor da ajuda de custo, como propuseram os representantes dos empregados na última minuta enviada ao banco.

Houve progresso também na discussão sobre o acesso dos sindicatos aos empregados em trabalho remoto. Para a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, “é preciso estar claro no acordo que a Caixa vai garantir o acesso dos sindicatos aos empregados em teletrabalho para assegurar os direitos dos trabalhadores que exercem suas funções neste modelo, como a jornada de trabalho e outros itens”. Os representantes do banco informaram que vão viabilizar o acesso e este ponto estará na minuta.

A cláusula ainda em dificuldade de acordo é o controle da jornada de trabalho remoto. O banco quer estabelecer que o controle seja facultativo, mediante negociação do gestor e empregado. Para Fabiana, este ponto é inegociável.

“Para nós é extremamente importante e não avançaremos em acordo se não houver controle de jornada para todos os empregados que estão em teletrabalho ou home office”.

Fabiana Uehara

São diversas as situações em que a empresa abusa da jornada de trabalho para quem não tem registro de ponto. E o registro deve refletir o modelo de trabalho presencial, assim como é feito no Banco do Brasil e em outros bancos”, destacou. “A Caixa é o único banco que adota teletrabalho sem controle de jornada”, completou a coordenadora.

Rogério Campanate, integrante da Comissão e presidente da Associação de Gestores da Caixa (Agecef) do Rio de Janeiro, acrescenta que o registro facultativo não dá garantias ao trabalhador. “Enquanto a gente não encontrar uma forma de garantir ao empregado que a opção é realmente dele, vamos nos manter contrários ao registro de ponto facultativo”.

Rogério explica que, no ano passado, quando o sistema de rodízio começou a ser desfeito, os trabalhadores sofreram pressão para retornar ao trabalho presencial. “Houve uma pressão imensa para que o empregado solicitasse o retorno do rodízio. Isso não foi uma escolha, foi pressão e assédio. E é o que provavelmente vai acontecer com o ponto”, destacou.

A CEE/Caixa e os representantes do banco vão ajustar a proposta de acordo para discutir o modelo na próxima reunião, marcada para o dia 18 de outubro.

Outras negociações – No início da reunião, a Comissão cobrou datas para negociação de outros assuntos como novo modelo de gestão e custeio do Saúde Caixa, o pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), condições de trabalho, Promoção por Mérito e as mudanças no programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). “Precisamos avançar nesses assuntos que são tão importantes quanto teletrabalho e banco de horas. Enquanto isso, os trabalhadores continuam sobrecarregados, extrapolando, e muito, a jornada de trabalho e ainda sofrendo pressões por metas”, destacou Fabiana Proscholdt.

fonte FENAE

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