Com demissões e metas abusivas, funcionários não têm tempo nem de ir ao banheiro
Há pouco tempo o Sindicato expôs sobre a tortura psicológica que o BB vem praticando aos funcionários para o cumprimento das metas. Infelizmente os problemas não se resumem a isso.
Com o plano de desligamento voluntário que o banco colocou em prática, recentemente, alguns setores foram extremamente prejudicados com a saída de funcionários. É o caso das PSOs, segmento responsável pelos caixas das agências.
A grande maioria das agências ficou com apenas um funcionário caixa.
O resultado disso é que estes funcionários, na maioria mulheres, não conseguem pausar sequer para ir ao banheiro. Muitos relatam que ficam “segurando” para ir ao banheiro após o expediente.
Isso sem considerar que, se houver um problema em um atendimento, trava toda a fila, as pessoas reclamam enquanto o banco cobra pela redução no tempo de espera.
Na região de Jundiaí, as agências passaram a atender com apenas um caixa, e há algumas que sequer possuem caixas convencionais, apenas terminais de autoatendimento. Na pausa de refeição, o funcionário fica exposto a críticas de clientes que aguardam por atendimento.
Para o presidente do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Paulo Malerba, essa situação em que a diretoria do banco deixou os funcionários é bem parecida com a insalubridade, na qual a pessoa fica impedida de ir ao banheiro ou tomar água, o que gera muito desgaste físico e emocional.
”É uma política de sucateamento do banco, pois além do sofrimento dos funcionários, os clientes deixam de ser atendidos ou têm um atendimento ruim. Não fossem suficientes estes problemas, a diretoria do banco ainda aumentou em 35% as metas de vendas de produtos para os caixas!”, afirma Malerba.
Os problemas apontados por funcionários de todas as cidades da base do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região foram encaminhadas à Comissão de Empregados do Banco do Brasil, responsável pelas negociações, que deverá mostrar o problema e reivindicar soluções junto à direção do BB.
fonte Seeb Jundiaí
