O Comando Nacional dos Bancários apostou no processo negocial, mas a Fenaban preferiu enrolar e empurrar a categoria para a greve ao rejeitar todas as reivindicações econômicas dos trabalhadores. Apesar de a economia do país estar em alta e da situação dos bancos ainda melhor, os banqueiros negam aumento real para a categoria. Comprometem-se somente a repor a inflação de 4,29%, dizendo que a reivindicação de 11% é “exageradamente alta”. Para a PLR, se predispõem apenas a cumprir a mesma regra do ano passado, enquanto não apresentam nada para a valorização dos pisos. Diante da provocação, o Comando Nacional encaminhou à Fenaban um documento reafirmando a pauta de reivindicações da categoria e dando prazo até segunda-feira (27/09) para apresentação de nova proposta que possa ser apreciada nas assembleias do dia 28. “Na ausência de proposta, os bancários unidos vão usar o instrumento que lhes resta, ou seja, a greve por tempo indeterminado a partir da quarta-feira, dia 29”, avisa Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP. Na tarde desta quinta-feira (23), o Comando Nacional reúne-se com as direções do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para dar continuidade às negociações de ambas as instituições. Confira as reivindicações gerais da categoria: ● 11% de reajuste salarial. ● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente. ● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos. ● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá. ● Previdência complementar em todos os bancos. ● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança. ● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização dos correspondentes bancários. ● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público. ● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos. Fonte: Fetec/CUT-SP