O Comando Nacional dos Bancários e o Banco do Brasil se reuniram na ultima quarta-feira, dia 2, para mais uma rodada de negociação a respeito das questões especificas dos funcionários do banco na Campanha Nacional 2009. Foram discutidas as cluusulas relativas a Saúde e Condições de Trabalho. Um dos principais pontos debatidos foi o fim da lateralidade e a volta do pagamento das substituições. O banco negou a reivindicação, mas concordou que nas agências com até sete funcionários exista o que o banco chama de “nomeação interina” para todos os cargos, cuja alçada de nomeação é das superintend?ncias. “Essa mudança mostra claramente que o Banco do Brasil, embora nã queira admitir, está sendo obrigado a rever a politica de lateralidade denunciada pelo movimento sindical desde o início como um grande equívoco”, afirma Marcel Barros, secretario-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos funcionarios do banco (CEBB), orgão que assessora o Comando Nacional nas negociações com o BB. O BB concordou também em debater o aumento da dotação de pessoal, em resposta a reivindicação dos trabalhadores que afirmam existir falta de funcion?rios em praticamente todos os locais de trabalho. Asséio moral O tema do assédio moral também foi debatido na mesa. Os representantes do banco afirmaram saber que existem “problemas comportamentais” e informaram que, ainda no mês desetembro, será encaminhada para todos os funcionários uma cartilha sobre assédio moral. Além disso, o banco assumiu compromisso de instalar comitês de ética até dezembro e solicitou que os bancários denunciem à ouvidoria interna sempre que tomarem conhecimento ou sofrerem assédio moral, para que os casos fiquem registrados e sejam investigados. Com relação as outras clausulas da minuta especifica, o BB afirmou que ainda não possui respostas para algumas demandas por não haver concluido estudos a respeito. Entre elas, estão: clausula de VCP/LER; ponto eletronico; regulamentação de folgas; jornada de trabalho em atividades ininterruptas; e politica de saude. Para os representantes dos trabalhadores, a negociação demonstra contradições da empresa. “Foi uma rodada dentro do que temos como padrão no processo negocial. O banco não fechou questão em nada, mas quando se entra no debate das cl?usulas, fica evidenciada a contradição da empresa”, afirma Marcel. “Um caso claro ? a discussão do fim da lateralidade, em que o banco reviu parcialmente sua posição, mas não admite que o fim das substituições é impraticável”, acrescenta. A proxima rodada de negociação acontecerá no próximo dia 11, sexta-feira, em Brasília. Estarão na mesa para discussão as clausulas sociais (como licença-maternidade, auxilio-creche, auxilio educação, previdência suplementar, vale transporte, e outras) e sindicais (como Plano de Carreira, Cargos e Salários, negociação permanente, entre outras). Fonte: Contraf-CUT |