Nesta quarta-feira, 11/02, a agência do Banco do Brasil no centro de Jundiaí passou por uma situação no mínimo inusitada: a agência só pôde ser aberta ao meio dia. Cinco vigilantes, dos seis que fazem a segurança diurna, faltaram e, pelo risco de segurança a agência ficou impedida de funcionar até a resolução do problema.
O sindicato acompanhou o desenlace da situação e ouviu funcionários e vigilantes do banco. Informações extra oficiais indicam que alteração na jornada de trabalho, com a inclusão da pausa para a refeição e redução no adicional de almoço no salário, fez com que os vigilantes se organizassem para a ausência coletiva.
O fato é emblemático e demonstra os problemas que praticamente todos os bancos enfrentam com as empresas de segurança. Estas empresas pagam salários baixos, aliados, em vários casos, a atrasos e não recolhimento de encargos sociais. Os bancos são coniventes com o tratamento precário recebido pelos vigilantes, seja nas condições de trabalho e treinamento ou mesmo na não salvaguarda de seus direitos. No caso em questão, mostra-se mais uma vez que o contrato de terceirização de serviços não exime que o BB esteja atento à execução destas atividades e seus desdobramentos.
Nesta quarta-feira, felizmente, não houve maiores conseqüências, porém, sabemos que com segurança não se brinca. As investidas dos assaltantes contra os bancos são crescentes e é preciso que seja resguardada a segurança de funcionários e clientes. Investir em segurança treinada e bem remunerada permite aos trabalhadores e clientes ficarem tranqüilos nas dependências bancárias. Cabe às instituições financeiras cuidar para que as terceirizações deste serviço prezem a qualidade e o respeito aos trabalhadores e não apenas o corte de custos.
Estamos atentos.