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Bancários protestam contra prática antissindical do Santander

Mesmo com um alto lucro de R$ 3,5 bilhões, o Santander insiste em inibir a livre organização sindical. Contra essa prática o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região organizou um ato, na manhã desta terça-feira (3), no Centro Administrativo Santander 1 (Casa 1), na Zona Sul da capital paulista.

Durante o protesto, que contou com participação de representantes da CUT/SP, FETEC-CUT/SP, Contraf-CUT, Afubesp e Sindicatos dos Bancários do ABC, Guarulhos e Jundiaí, foram denunciadas as perseguições do banco contra os dirigentes sindicais Adalto Uchoa, da FETEC-CUT/SP, e Rita Berlofa, do Seeb/SP, desencadeadas após manifestação pacífica realizada no início de 2009 contra 400 demissões ocorridas na empresa por conta da fusão com o banco Real.

O sentimento dos bancários foi de solidariedade aos dirigentes perseguidos e de total apoio ao protesto. “A política do Santander remonta à época da ditadura militar, quando tentavam impedir que os trabalhadores se organizassem, lutassem por seus direitos. Isso nós não toleramos e exigimos que o Santander respeite as leis brasileiras da mesma forma que faz na Espanha. Aliás, é chegado o momento de saber qual é o papel dessa instituição financeira no desenvolvimento econômico do Brasil”, ressaltou Adi dos Santos Lima, presidente da CUT-SP.

“Nós, representantes dos trabalhadores, lutamos não apenas por remuneração, mas também por melhores condições de trabalho e de vida. Por isso estamos aqui protestando contra as práticas do Santander”, declarou Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP ao destacar que as péssimas condições de trabalho são contrárias à alta lucratividade do setor financeiro. “Como se não bastasse, os dirigentes sindicais estão sendo perseguidos e criminalizados por defenderem 400 trabalhadores demitidos”.

Para Alberto Maranho, diretor da FETEC-CUT/SP e funcionário do Santander, a prática do banco é abusiva, sobretudo se for levado em conta o fato de que no seu país de origem, a Espanha, não adota essa política. “Continuaremos denunciando essas práticas, juntamente com a luta por valorização e melhores condições de trabalho”, avisa o diretor da FETEC-CUT/SP.

 

Por Lucimar Cruz Beraldo

Fonte: Fetec-SP

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