O Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente, representantes dos Bancários da CUT de Bauru e a FETEC-CUT/SP estiveram reunidos nesta quarta-feira, 11/8, com os superintendentes Estadual e Regional do Banco do Brasil, Antônio Maurício Maurano e Sílvio Luiz de Lima, respectivamente, para tratar de alguns assuntos decorrentes da incorporação da extinta Nossa Caixa pelo BB. As condições de trabalho, que já não eram das melhores, pioraram. Problemas, como a falta de treinamento dos funcionários para o novo sistema (o que prejudica o atendimento ao cliente) e a cobrança por metas abusivas neste período crítico da incorporação, passaram a ser constantes. Na reunião, o banco anunciou algumas medidas com o intuito de atender as reivindicações dos representantes dos trabalhadores. Em breve, 1.100 concursados serão chamados, e, até que ocorra a efetivação desses, oBB contratará cerca de 150 trabalhadores em caráter exclusivamente temporário para atender as demandas mais urgentes. Também será ampliada a adição cruzada e o “Programa Integrando Culturas”, onde permutas através de adesão voluntária estarão sendo feitas com alguns incentivos. Alguns PABs foram transformados em agência, propiciando uma dotação maior para os antigos postos de trabalho. Na base territorial de Presidente Prudente, o PAB Fórum de Presidente Prudente já foi transformado em agência e a cidade de Mirante do Paranapanema contará com mais uma agência do Banco do Brasil. Indagados a respeito dos funcionários oriundos da DIOPE/BNC que compõem o quadro excedente de algumas agências, os gestores do banco reafirmaram que não serão prejudicados. “Esses funcionários não são excedentes, apenas compõem uma agência que possui um quadro numeroso de empregados em sua dotação. Além disso, esses funcionários que solicitarem transferência no sistema automático (SACR) terão preferência na movimentação”, afirmou Sílvio Luiz. Dentre as várias reivindicações, a FETEC-CUT/SP destacou que as horas extras registradas no período em que as agências foram abertas com uma hora de antecedência sejam remuneradas 100% (sem compensação) e que o treinamento para os funcionários seja intensificado. Os dirigentes sindicais insistiram que neste período a cobrança de incremento de metas torna-se impossível para as agências migradas do extinto banco e que, em muitos casos, a cobrança é até desumana. “A única meta que deveria existir para as agências migradas deveria ser a excelência de atendimento, com a contrapartida da administração do banco de oferecer condições necessárias para tal”, destaca Adriana Pizarro, diretora da FETEC-CUT/SP. “As péssimas condições de trabalho, acompanhadas da pressão causada pela cobrança dos clientes, foram conseqüências de um ato irresponsável, no que diz respeito ao banco ter antecipado as migrações”, afirma Zenaide de Oliveira, diretora do Sindicato de Presidente Prudente. “Como resultado direto disso, os trabalhadores estão adoecendo por conta de stress e preocupação”, acrescenta. Fonte: Fetec/CUT-SP