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Aumento real é prioridade para bancários

Os resultados da Consulta Nacional aos Bancários, realizada de 17 de abril a 2 de junho com trabalhadores da categoria de todo o país, foram apresentados na manhã do domingo (9), no último dia da 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.

No total, a Consulta obteve 46.824 respondentes, destes 28% não são associados aos sindicatos da categoria.

A maioria considerou que a prioridade da campanha deve ser o aumento real de salários: “Nós sabemos o valor que tem o nosso tempo e o nosso trabalho”, comentou Pamela Leite, diretora do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região: “A ampliação dos direitos e melhores condições de trabalho são partes fundamentais da negociação com o bancos, mas não existe dignidade nas relações do trabalho o recebimento de um salário justo. Por isso a reposição da inflação não basta. É preciso lutarmos por aumento real”.

A Consulta deste ano também mediu o endividamento da categoria. Entre os respondentes, 71% têm dívidas, sendo que 10% possuem dívida em atraso.

“De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Confederação Nacional do Comércio, 78,8% das famílias brasileiras estão endividadas. Na população com renda acima de 10 salários-mínimos, o percentual é de 14,9%”, disse a economista Catia Toshie Uehara do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “É preocupante, porque os percentuais são próximos aos constatados no restante da sociedade, que tem preocupado o mercado econômico e levado à manutenção da alta da Selic”, completou.

Na categoria bancária, 66% possuem dívidas em atraso com empresas de cartão de crédito, e 44% são dívidas de crédito pessoal.

Futuro se faz juntos

Sobre o financiamento da luta para manutenção e conquistas de direitos, 92,4% acredita que deve ser responsabilidade de todos os bancários, pois todos se beneficiam das conquistas. Apenas 6,8% acreditam que somente sócios dos sindicatos devem se responsabilizar pelo financiamento da luta, mesmo que todos os bancários sejam beneficiados.

“Em muitos momentos nós destacamos que a categoria bancária é uma das únicas a com convenção coletiva nacional, temos direitos que muitos trabalhadores e trabalhadoras lutam para conquistar. Mas nada disso vem de graça. É fruto de um trabalho diário, das mesas de negociação, do acompanhamento de cada sindicato, espalhado pelo Brasil. Por isso a responsabilidade pelo financiamento desse trabalho deve ser de todos e todas!”, destacou Valdir Pereira, diretor do sindicato também presente na conferência.

A Consulta também questionou sobre a forma preferida de participação nas assembleias da categoria. Apenas 12% prefere participar preferencialmente. A grande maioria, 87% prefere participar por meio virtual/remoto, com votação por plataformas digitais na internet.

Com relação às eleições municipais, 74% avaliam como muito importante eleger candidatas e candidatos comprometidos com as pautas dos trabalhadores para as prefeituras e câmaras municipais. Outros 18% avaliam como importante a eleição de candidatos com esse perfil. Apenas 4% avaliam como pouco importante e outros 4% que isso não tem importância.

Reforma tributária

A categoria também foi convidada a avaliar o grau de importância sobre diversos pontos referentes à reforma tributária.

A ampliação da faixa de isenção do imposto de renda cobrado sobre a PLR é muito importante para 85%, importante para 11%, pouco importante para 2% e para 1% não tem importância;
A isenção do imposto de renda para quem recebe salário de até R$ 5 mil é muito importante para 74%, importante para 19%, pouco importante para 4% e para 2% não tem importância;
A cobrança do imposto sobre grandes fortunas para pessoas físicas com riqueza acima de R$ 10 milhões é muito importante para 69%, importante para 16%, pouco importante para 8% e para 7% não tem importância;
O fim da isenção de imposto de renda para lucros e dividendos é muito importante para 67%, importante para 15%, pouco importante para 9% e para 8% não tem importância.

Fonte: Contraf-CUT

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