O 21º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado no Novotel Jaraguá, em São Paulo, aprovou neste domingo 30 a estratégia e as reivindicações específicas da Campanha Nacional dos Bancários 2010, ao final de três dias de discussões, que contou com a participação de 329 delegados e observadores de todo o país.
“Foi um dos melhores encontros últimos anos, que teve a participação de todas as correntes políticas presentes na categoria e em que prevaleceu a pluralidade e o debate democrático, visando à unidade nacional na busca de novas conquistas na campanha nacional deste ano”, avalia Marcel Barros, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
As propostas chegaram após as discussões nos grupos que se reuniram no sábado divididos por quatro grandes temas: Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), remuneração e jornada; saúde e condições de trabalho; o papel do Banco do Brasil e o sistema financeiro nacional; e organização do movimento.
As principais resoluções aprovadas pelo 21º Congresso do Funcionalismo do BB são as seguintes:
Estratégia
- Intensificação de atos e mobilizações pelos sindicatos e paralisações específicas, de acordo com a pauta de negociações por corporação, já em junho, para demonstrar o descontentamento com a direção do banco que não cumpre os acordos, desvaloriza o bancário e desrespeita usuários e clientes.
- Unificação das atividades durante a Campanha Salarial (a ser deflagrada após a Conferência Nacional dos Bancários em julho) com assembléias, paralisações e atos conjuntos.
- Defesa do fortalecimento da organização por local de trabalho com eleição de mais delegados sindicais, assegurando no mínimo um delegado por dependência seja qual for a quantidade de funcionários lotados nela.
- Efetivação das negociações pelo Comando Nacional, assessorada pela Comissão de Empresa dos Funcionário.
Propostas
- Construir e apresentar uma proposta do PCCS baseado nas premissas aprovadas na plenária de dirigentes sindicais, para entrega ao BB até 30 de junho.
- Propor como piso do PCCS o salário mínimo do Dieese, hoje equivalente a R$ 2.139,06).
- Adotar a jornada de 6 horas para todos, sem redução de salários.
- Excluir da alçada dos gestores imediatos a decisão sobre comissionamentos e descomissionamentos.
- Não criar obrigação de migração de planos.
- Incorporar anuênio e gratificação semestral.
- Buscar a isonomia.
- Instituir políticas afirmativas nos processos de seleção interna.
- Elevação do interstício para 12% e 16%
- Seleção internas por provas (como concurso interno) para comissionamento
- Criação de faixas salariais em todas as comissões como progressão horizontal
- Fim da trava de 2 anos;
- Na jornada de 6 horas incluir os 15 minutos de descanso e 20 minutos para CABB;
- Fim da Lateralidade e dos desvios de função com a volta das substituições para todos os cargos
- Extensão a todos os funcionários da licença premio;
- Garantir Intersticio do BB no VCPi dos incorporados no Banco nossa Caixa
- Continuar a Negociação sobre a Gratificação Variável que seja garantido a continuidade da luta neste ponto.
- Efetivação de todos os caixas substitutos
- Isenção das tarifas e anuidades das tarifas novas
- Unificação dos salários entre os Gerente de Módulo de serviços e de negócios
- Equiparação dos Atendentes A e B
- Garantia da Comissão para os afastados por licença saúde e licença maternidade, independente do tempo do afastamento garantindo os benefícios de vale refeição e alimentação.
- Fim das limitações do DEST aos gastos de pessoal do BB
- Reafirmar a defesa dos bancos públicos e seu perfil social para o desenvolvimento nacional e definir estratégias de ação sindical com esse fim
- Ampliação do CMN com inclusão de representantes da sociedade civil organizada.
- Aumento da dotação das agências e número mínimo de 3 caixas efetivos por dependência
- Regulamentação do artigo 192 da Constituição
- Estatização do sistema financeiro
- Eleição de representante dos funcionários para o Conselho de Administração
- Incorporar à pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2010 a reintegração dos demitidos sem justa causa nos anos 96 e 97
- Criação de comitês de clientes e usuários do banco
- Comitê de ética paritário
- Campanha contra o veto ao fator previdenciário
- Fim do modelo PSO/USO
- Combate à terceirização no serviço bancário
- Fim do correspondente bancário
- Fim das centrais “clandestinas” de Crédito e Cobrança (desrespeito a NR17 e impacto na dotação das agências e normativos);
- Campanha Nacional contra o veto ao Fator Previdenciário;
- Fortalecimentos das Campanhas de Combate ao Assédio Moral: resgate da coletividade;Compartilhe!