'Ou caem os juros, ou cai Meirelles', protestam centrais |
Vermelho | |
11 /12 / 2008 | |
“As manifestações são uma conseqüência da grande Marcha da Classe Trabalhadora, realizada no último dia 3, e reforçam o pedido de baixar os juros e o superávit. O Copom tem sido sabotador do desenvolvimento nacional e não permitiremos que Meirelles, que é o principal defensor da sabotagem, continue à frente do BC. Queremos a sua imediata saída”, declarou ao Vermelho o presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Wagner Gomes. A última reunião do Copom começou nesta terça (9) e deve anunciar nesta noite de quarta qual será a nova taxa básica de juros. A expectativa dos analistas de mercado é que o colegiado mantenha a Selic em 13,75%. Mas os manifestantes pedem que os juros diminuam em dois pontos percentuais, passando para 11,75%. Sardinha em Brasília A Força Sindical e a NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) seguiram em passeata do Congresso Nacional até o BC, onde promoveram uma “sardinhada”. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, a sardinha é o símbolo da miséria. “A idéia é mostrar aos conselheiros do Banco Central que essa será a situação do povo brasileiro se os juros não baixarem”, afirmou. Segundo o presidente da Força Sindical, para que a população possa consumir mais, o governo precisa sinalizar que o país está seguro diante da crise financeira internacional. “Se nós pudéssemos sair de 13,75% e passar para 11,75%, a sociedade iria entender que o país está bem, iria comprar e nós poderíamos salvar o primeiro trimestre de 2009.” Participantes da passeata exibiram faixas pedindo a queda dos juros e a saída do presidente do BC. Para Paulinho da Força Sindical, “se o Brasil entrar em recessão, a situação de Meirelles fica insustentável”. SP tem protesto na Avenida Paulista A manifestação aconteceu na tarde de hoje, em frente ao prédio do BC, que fica na Avenida Paulista, símbolo financeiro do país, com a participação de trabalhadores de diversas categorias. O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), afirma: “A redução dos juros vai incentivar o consumo, gerando produção e mais emprego. Isso ajudaria o Brasil a enfrentar a crise financeira”. O presidente da CGTB-SP (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Paulo Sabóia, declarou: “Meireles representa a resistência dentro do Banco Central a baixar os juros. Ele veio do Banco de Boston, onde a especulação desencadeou essa crise financeira. Queremos que ele saia para por fim a essa política que só tem prejudicado o País”. Além das centrais citadas, também mobiliou as manifestações a CUT e a UGT (União Geral dos Trabalhadores). |