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EUA acusam HSBC de permitir lavagem de dinheiro

Maior banco da Europa e segundo maior do mundo de acordo com o ranking da revista Forbes, o HSBC permitiu que o narcotráfico mexicano o utilizasse para lavar o dinheiro sujo da venda de drogas, aponta um relatório do Subcomitê de Investigação Permanante do Senado dos Estados Unidos divulgado nesta terça-feira.

Segundo o documento, a lavagem do dinheiro das drogas foi possível devido a “mecanismos frouxos de controle” do banco britânico. Os senadores localizaram ainda fundos supeitos da Síria, Irã, Arábia Saudita e Ilhas Cayman que passaram pela instituição financeira sem que sua origem fosse levada em conta.

O relatório afirma ainda que o órgão regulador bancário americano, o Escritório Controlador da Moeda (Office of the Comptroller of the Currency), falhou em monitorar adequadamente o HSBC. As conclusões vieram após um ano de investigação e a revisão de 1,4 milhão de documentos, além de entrevistas com 75 funcionários do banco e do órgão regulador. 

Desculpas – Uma audiência sobre o caso está marcada para ocorrer nesta terça-feira no Senado americano. A expectativa é que vários executivos do HSBC sejam ouvidos, entre eles o diretor jurídico Stuart Levy, ex-funcionário do Departamento do Tesouro dos EUA especializado no combate ao terrorismo e finanças irregulares.

Em um comunicado divulgado antes da audiência, o diretor-executivo do HSBC, Stuart Gulliver, pediu desculpas pelas falhas do banco e assumiu possíveis consequências. “É certo que seremos responsabilizados e assumiremos a responsabilidade de consertar o que houve de errado”, declarou.  

“Assim como responder as questões do comitê, iremos explicar as mudanças significativas que já fizemos para fortalecer nosso controle e nossa infraestrutura e cultura de gestão de risco”, completou.

Multas – O pedido de desculpas e o compromisso em melhorar a ficalização do dinheiro aplicado no banco podem não ser suficientes para o HSBC se ver livre do caso. Recentemente, o governo dos EUA exigiu o pagamento de altas somas de bancos acusados de permitir que dinheiro do narcotráfico fosse lavado ou efetuar transações proibidas por sanções comerciais.

Em 2010, o Wachovia pagou 160 milhões de dólares para compensar transações ilegais com dinheiro da venda de drogas. No mês passado foi a vez do ING ter que desembolsar 619 milhões por ter violado o embargo a Cuba e ao Irã. 

Fonte: Veja

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