ATUALIZE O SEU CADASTRO

Em reunião, Dilma promete a centrais posição sobre correção da tabela do IR nos próximos dias

Na primeira reunião desde o início mandato da presidenta Dilma Rousseff com centrais sindicais, o governo comprometeu-se a apresentar uma posição sobre a correção da tabela do Imposto de Renda nos próximos dias. Dilma não definiu medidas futuras, mas se mostrou receptiva às demandas. O encontro da manhã desta sexta-feira (11) foi avaliado como “positivo” pelos sindicalistas, que defendem um canal de diálogo permanente com Dilma.

As centrais defenderam uma correção na tabela de 6,46%, ante os 4,5% propostos pelo executivo.  Dilma deixou claro que estudaria a proposta, segundo sindicalistas ouvidos pela Rede Brasil Atual. O encontro durou aproximadamente três horas.

Foram recebidos na audiência representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

Segundo Quintino Severo, secretário-geral da CUT, a avaliação da reunião foi “positiva” para as centrais. “A presidenta confirmou uma agenda permanente entre as centrais e o ministro Gilberto Carvalho como o interlocutor entre governo e sindicalistas”, revelou. O diálogo permanente, segundo ele, não seria obrigatoriamente pautada a priori. “Poderemos falar sobre o Imposto de Renda, sobre os aposentados, fim do fator previdenciário ou outro tema que surja”, detalhou.

Para argumentar sobre o orçamento da União para o ano, a presidenta conversou sobre os investimentos em diversos setores do governo, como saúde, educação e infraestrutura. Para Severo, o discurso de Dilma no encontro foi consistente com o tipo de debate. “Ela me pareceu muito convicta e disposta a nos ouvir em seu discurso. Estou vendo com bons olhos a nova etapa de diálogo”, disse.

O presidente da Força Sindical em São Paulo, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), insistiu na necessidade de se fixar um cronograma de reuniões, com datas definidas.

A questão do reajuste das aposentadorias, defendida pelas centrais desde o início das mobilizações pelo aumento do salário mínimo, também foi debatida. Eles defendem uma política de valorização permanente para que alcance ou supere o valor do novo mínimo.

Compartilhe!