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Dilma vai anunciar medidas para ampliar investimento do setor produtivo

São Paulo – Depois de participar da IV Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Déhli, na Índia, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (29), em entrevista coletiva, que anunciará um conjunto de medidas para ampliar o investimento do setor produtivo de uma taxa de 19% para 24%. Serão medidas tributárias e financeiras que devem ampliar a capacidade de o setor privado investir.

Ao destacar aos jornalistas a diferença entre gastos e investimentos, Dilma enfatizou os recursos injetados na mobilidade urbana e na construção civil como investimento. “O Minha Casa, Minha Vida é investimento. Nós vamos fazer um esforço no Minha Casa, Minha Vida excepcional”, assegurou.

Segundo Dilma, o programa entregará 2 milhões de moradias e poderá, a partir de junho, aumentar em 400 mil o número de unidades habitacionais a serem construídas.

Sobre os investimentos em mobilidade urbana, mencionou que do ano passado até hoje, o governo lançou seis grandes programas. “E agora vamos completar outros grandes investimentos na área de metrô.”

Dilma disse que é defensora de uma carga tributária menor, mas que tem agido dentro do possível. “Tenho plena consciência que o Brasil precisa reduzir sua carga tributária. Dentro do meu período governamental eu farei o possível para reduzi-la. Eu sei perfeitamente que devido ao fato de que há vários interesses envolvidos na questão de uma reforma tributária, eu até julgo que pode ter um momento no futuro que seja possível encaminhar uma reforma global. Agora, o que eu tenho feito é tomar medidas pontuais que permitam que no conjunto se crie uma desoneração maior dos tributos no país que é fundamental para fazer o país crescer.” A presidenta disse que existe interesse da União, dos estados e dos municípios na reforma. 

Ao ser questionada sobre a desaceleração econômica do Brics, Dilma disse que é a menor possível. “Você veja que eles, o Brics, nós todos, temos hoje ainda a responsabilidade pelo desempenho economia mundial. Somos nós que puxamos a economia mundial”, disse.

Dilma avalia que a desaceleração se trata de um processo de recomposição diante da crise. “O Brasil teve isso no ano passado. Este ano, nós vamos crescer mais do que crescemos o ano passado. Então, nós entramos em um processo de recomposição diante da crise internacional, da queda dos mercados e, agora, do preço do petróleo, porque também ninguém fala isso. O petróleo está US$ 125 o barril. No Brasil, a gente sofre isso muito menos.”

Em referência à sua conversa com o presidente russo Dmitry Medvedev, Dilma destacou que os dois países têm áreas importantes de parceria, como a da energia, da ciência, de cooperação na área científica e tecnológica, de inovação. “Ele se colocou à disposição para parceria em várias áreas, principalmente no caso de satélites e também no caso de petróleo e gás. Nós fizemos uma ponderação a respeito da exportação de carne brasileira para o mercado russo e ele se dispôs a fazer as avaliações técnicas necessárias”, relatou. 

Além disso, segundo Dilma Medvedev fez comentários a respeito de todas as questões que envolveram nos últimos tempos a relação entre o Brasil e a Rússia, e reiterou a importância que os russos atribuem à entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

Fonte: Rede Brasil Atual

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