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Bancários protestam na Paulista contra postura do Santander

São Paulo - Os bancários protestaram na manhã desta segunda-feira, dia 9, em frente à matriz do Real, na Avenida Paulista, para mostrar a indignação dos funcionários do Real e do Santander com os absurdos cometidos nos últimos dias pela direção do Grupo Santander Brasil. O protesto foi pela manutenção de empregos e direitos, contra as demissões e por seriedade e respeito do banco no processo de negociação com os trabalhadores.

Os trabalhadores percorrem a Avenida com 400 cruzes, que foram espalhadas pelo canteiro e representam as 400 demissões que o banco efetuou. Nos faróis, faixas foram abertas para os motoristas ficarem por dentro do desrespeito que o banco vêm praticando com bancários no Brasil. Uma banda tocou músicas fúnebres durante o ato.

Não às demissões - A mobilização contou com o apoio da Fetec/CUT-SP, Contraf, CUT e demais sindicatos de bancários. Na programação de algumas rádios, spots comunicarram a população sobre as atitudes do banco e a luta dos trabalhadores pela preservação dos empregos.

O Santander interrompeu, sem previsão de retorno, seis meses de negociações. Isso aconteceu alguns dias depois do anúncio de cerca de 400 demissões no país. Por outro lado, o banco espanhol divulgou lucro recorrente em 2008 quase 10% superior ao registrado em 2007.

Pior: na semana passada, durante manifestação legítima e democrática em frente ao Casa 3 do Santander (quando 1.800 bancários decidiram permanecer parados durante todo o dia para mostrar sua insatisfação) o banco usou a policia para agredir manifestantes e forçou a prisão de lideres sindicais.

“Se o banco pensa que pode nos intimidar com atitudes assim, está muito enganado. Ao contrário, apenas reforça nossa gana e a vontade de lutar. Sabemos que é possível evitar o drama do desemprego e por isso apresentamos, logo no inicio das negociações, propostas concretas para evitar as demissões. O banco passou meses analisando as propostas e, de repente, no meio do processo, demitiu 400 pessoas e interrompeu as negociações. Isso é um sinal da falta de respeito que o Santander dedica aos bancários e ao Brasil e é por este respeito que estamos brigando” afirma a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Santander, Rita Berlofa.

Por volta das 11h20, os manifestantes se encontraram em frente à matriz do Real e voltaram a se movimentar nas calçadas da Avenida Paulista, onde seguiram em passeata com as cruzes e as faixas de protesto.



Fonte: Contraf CUT e Seeb SP 

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