ATUALIZE O SEU CADASTRO

Banco do Brasil quer intimidar seus funcionários

O Banco do Brasil divulgou nesta terça-feira, 06, carta dirigida a todos os seus funcionários onde pretendia avaliar a campanha salarial. O seu sentido mais estrito pode ser depreendido da passagem onde “conclama o retorno dos funcionários ao trabalho”. Esta é uma atitude flagrante de desrespeito ao processo de discussão dos bancários que culminou com a greve por período indeterminado.

A contradição é explícita. Se a carta foi publicada na Agência de Notícias do SISBB e no correio corporativo, destinou-se a quem estava trabalhando e não a quem participava legitimamente da greve. Isto, por conseqüência, abriu margem para ligações e pedidos de reunião com os funcionários em greve para tratar do conteúdo desta mensagem, com objetivo patente de desencorajar e desmobilizar os funcionários. Esta situação é absurda e revela a coação que o BB já está impondo.

Se o banco quer, como afirma, avançar nas negociações, que apresente suas propostas. Que apresente a valorização do piso salarial, o Plano de Cargos e Salários, a volta das substituições, debata a trava de dois anos e termine com o assédio moral e não o reforce com mensagens deste gênero, que servem para intimidação e não se coadunam com a greve pacífica e democrática feita por seus funcionários.

As alegações contidas na carta sobre “respeito e diálogo” nas relações do BB com seu corpo funcional não são convincentes. A qualidade do trabalho no banco, em especial nas agências, está cada vez pior e nada se faz para melhorar a situação. Tivemos recentemente as “ações estruturantes” e a imposição da trava de dois anos, sem que houvesse qualquer discussão com os funcionários, pelo contrário, foram imposições desrespeitosas. Portanto, este discurso é frágil e vazio e não condiz com a realidade de quem trabalha no BB.

Repudiamos esta atitude e continuaremos a cobrar do banco suas responsabilidades. Isto se dará através da greve, pois contempla o entendimento da maioria absoluta dos bancários em todo país.

Paulo Eduardo Malerba

Compartilhe!