ATUALIZE O SEU CADASTRO

Banco do Brasil: Sucateando para privatizar

A situação do atendimento e das condições de trabalho nas agências do Banco do Brasil está  piorando a cada dia.  A política do governo para a instituição, que antes era usado como ferramenta para alavancar a economia, agora é deixar o banco agonizar para justificar sua privatização em  médio prazo.

Esta constatação fica irretocável quando analisamos a situação do banco. O fechamento de agências gerou um atendimento péssimo naquelas que absorveram as fechadas. Há relatos de mais de duas horas para atendimento a clientes. Faltam funcionários na totalidade dos locais. Muitas agências ficam inoperantes por problemas simples, como travamento de cofre ou pane de sistema. Em Jundiaí, a agência da Vila Rami está inoperante deste janeiro em consequência de arrombamento do cofre. Em uma empresa séria e compromissada com seus clientes, este problema seria solucionado em questão de horas. Em Francisco Morato, a única agência da cidade está inoperante desde janeiro em virtude de alagamento por enchente, embora a água tenha atingido apenas o piso térreo, enquanto que o Bradesco, que também foi atingido, retornou o atendimento aos clientes em apenas dez dias. Mas se  episódios localizados como estes e tantos outros não são suficientes para comprovar o descaso do governo e da direção do banco, ainda convivemos com estruturas totalmente ultrapassadas, móveis quebrados e danificados, caixas eletrônicos obsoletos e avariados. Conseguir sacar dinheiro nos caixas eletrônicos em finais de semana e feriados é uma  verdadeira aventura. As taxas de juros e tarifas  estão equivalentes ou em muitos  casos até maiores do que nos bancos privados. As exigências  para obter empréstimos e financiamentos aumentaram muito e  isso tem impedido a alavancagem dos negócios, o que forçou a queda da rentabilidade em torno de 40% no último ano.

Há agências em que o quadro funcional foi reduzido em até cinquenta por cento, mas as metas antes impostas continuam as mesmas.  Esta gestão caótica está criando um ambiente e situações propícias para o adoecimento dos funcionários. Os afastamentos por depressão e estresse estão crescendo assustadoramente, sem esquecer os problemas de pressão arterial e cardiovasculares .

Segundo o diretor do Sindicato e funcionário do banco, Álvaro Pires, “trata-se de um processo de sucateamento semelhante com o que fizeram com outras estatais que foram privatizadas, como o Banespa, a Telesp e a Vale, por exemplo. A ideia é gerar o caos, deixando a empresa obsoleta e deficitária.  Infelizmente muitos gestores e funcionários do BB ainda não se deram conta deste processo ou simplesmente estão ofuscados pelas cobranças e pelo estresse doa dia-a-dia.”

Fonte: Seeb Jundiaí 

Compartilhe!