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Nesta quinta-feira o atendimento foi paralisado em todas as agências de Várzea Paulista; Comando Nacional se reúne na segunda-feira

Em seu décimo sétimo dia, a greve dos bancários foi ampliada na Região de Jundiaí e já conta com 101 agências fechadas nas nove cidades. Nesta quinta-feira, o atendimento foi interrompido em todas as agências de Várzea Paulista, segundo informou o Sindicato dos Bancários. Em Jundiaí, 55 unidades estão sem atendimento ao público.

Segundo Douglas Yamagata, presidente do sindicato local, apesar da força do movimento, os bancos continuam intransigentes e não apresentaram uma proposta que atende às reivindicações da categoria. “Um exemplo é o Itaú, que tem pressionado os seus gestores a abrirem as agências. Estamos verificando se esse procedimento tem sido feito apenas pelo regional daqui ou se é uma ação generalizada. Pressionar os bancários a furar o movimento é uma ação que contraria a Lei de Greve”, destacou Yamagata.

Na segunda-feira, o Comando Nacional dos Bancários vai se reunir na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, a partir das 14h. Os dirigentes sindicais vão avaliar as paralisações e mobilizações da maior greve da história da categoria e definir os próximos passos. “Construímos todos juntos a maior greve em número de locais parados, mas os banqueiros continuam intransigentes em relação a repor as nossas perdas. Pior do que isso, voltaram a usar sua parceria judicial em ações de Interdito Proibitório. Por quê neste ano resolveram reduzir os nossos salários? As respostas talvez estejam fora das nossas mesas de negociação e isso não vamos admitir”, disse Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.

Reivindicações

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão reajuste salarial de 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real), além de melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários. Mais informações no site do sindicato (www.bancariosjundiai.com.br).

Proposta da Fenaban rejeitada na mesa de negociação do dia 09/09

Reajuste de 7% (representa perda de 2,39% para os bancários em relação à inflação de 9,62%).

Abono de R$ 3.300,00 (parcela única, não incorporado aos salários).

Piso portaria após 90 dias – R$ 1.474,05.

Piso escritório após 90 dias – R$ 2.114,43.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.856,31 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.163,31, limitado a R$ 11.605,13. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.531,27.

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.326,63.

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.297,99, limitado a R$ 6.963,08 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.163,31.

Auxílio-refeição – R$ 31,71.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 525,96.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 422,33.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 361,30.

Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício).

Gratificação de compensador de cheques – R$ 164,12.

Requalificação profissional – R$ 1.444,18.

Auxílio-funeral – R$ 966,02.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 144.500,53.

Ajuda deslocamento noturno – R$ 101,15.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região

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