ATUALIZE O SEU CADASTRO

Na Região, paralisação já atinge 66 agências; adesão foi forte no Centro nesta sexta-feira

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou, na própria mesa de negociação, a nova proposta apresentada nesta sexta-feira pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), o que significa que a greve continua em todo o Brasil na segunda-feira. Mesmo após um início de greve muito forte da categoria nesta semana, os bancos ofereceram um reajuste de apenas 7% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

De acordo com Douglas Yamagata, presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí, a nova proposta foi frustrante. “O índice continua abaixo da inflação, sem contar que outras questões, como emprego e condições de trabalho, continuam sem avanços. Esperamos que na próxima negociação, agendada para o dia 13, a Fenaban apresente algo mais satisfatório à categoria”, destacou.

Na Região, 66 agências estão paralisadas, sendo 44 unidades fechadas somente em Jundiaí. Nesta sexta-feira, a adesão foi forte na região Central de Jundiaí, com 13 agências interrompendo o atendimento. O sindicato local representa cerca de 2,5 mil trabalhadores em 120 agências de nove cidades da Região de Jundiaí.

A proposta apresentada pela Fenaban tem poucas mudanças em relação ao acordo oferecido no dia 29 de agosto, que era de 6,5% de reajuste salarial e abono de R$ 3 mil. “A inflação do período foi de 9,62%, ou seja, a proposta representa uma perda de 2,39% para os bancários”, ressaltou Yamagata.

Reivindicações

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão reajuste salarial de 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real), além de melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários. Mais informações no site do sindicato (www.bancariosjundiai.com.br).

Proposta dos bancos rejeitada na mesa de negociação

Reajuste de 7% (representa perda de 2,39% para os bancários em relação à inflação de 9,62%).

Abono de R$ 3.300,00 (parcela única, não incorporado aos salários).

Piso portaria após 90 dias – R$ 1.474,05.

Piso escritório após 90 dias – R$ 2.114,43.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.856,31 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.163,31, limitado a R$ 11.605,13. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.531,27.

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.326,63.

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.297,99, limitado a R$ 6.963,08 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.163,31.

Auxílio-refeição – R$ 31,71.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 525,96.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 422,33.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 361,30.

Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício).

Gratificação de compensador de cheques – R$ 164,12.

Requalificação profissional – R$ 1.444,18.

Auxílio-funeral – R$ 966,02.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 144.500,53.

 Ajuda deslocamento noturno – R$ 101,15.

Compartilhe!