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Bancários definem planos de luta da categoria

Terminou neste domingo a 19ª Conferência Nacional dos Bancários, que definiu ações e estratégias para a Campanha Nacional da categoria até 2018

 

Após três dias de debates, os bancários reunidos durante a 19ª Conferência Nacional da categoria, realizada entre os dias 28 e 30 de julho, em São Paulo, aprovaram o plano de lutas, estratégias e resistência para a Campanha Nacional de 2018. São ações em defesa do emprego e dos direitos, dos bancos públicos, da democracia, do movimento sindical e para as mesas temáticas de Saúde do Trabalhador, Igualdade de Oportunidades, Segurança Bancária e de Acompanhamento da Cláusula de Prevenção de Conflitos. A conferência contou com 603 delegados, 64,5% homens e 35,5% mulheres.  A conferência, que teve como mote “Lutar, defender e garantir. Nenhum direito a menos!”, reuniu bancários de todo o país.

“A categoria sai fortalecida da conferência, com um plano de lutas, que será nossa pauta de reivindicação contra a alteração de pontos fundamentais da CLT, que protegeu a classe trabalhadora durante anos. Vamos lutar em defesa dos bancos públicos e contra as reformas que tiram direitos dos trabalhadores”, afirma a presidenta da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), Aline Molina.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, Douglas Yamagata, ressalta a importância dos debates da Conferência, que analisaram as possibilidades de como assegurar os direitos da categoria com a aprovação da reforma trabalhista e a terceirização. “Reafirmamos nossa defesa aos bancos públicos e também a defesa do emprego. Mesmo diante de todas as flexibilizações impostas pelas reformas que só defendem o patrão, vamos lutar para manter nossas conquistas com base em nossos acordos coletivos”, afirma Douglas.

O presidente ressalta a importância da convenção coletiva de dois anos, que já assegura o aumento real de salários, possibilitando o aprofundamento na discussão de temas que tenham por objetivo ampliar e garantir os direitos da categoria.

 

 

(Diretoria do Sindicatos dos Bancários de Jundiaí e região presente nos debates da Conferência 2017)

 

Principais pontos do documento que será entregue aos bancos

  • Não à terceirização
  • Não ao contrato temporário
  • Não à contratação de autônomos
  • Não ao contrato intermitente de trabalho
  • Não ao teletrabalho sem negociação com os sindicatos
  • Não ao termo de quitação das obrigações trabalhistas
  • Não à jornada 12 x 36 horas
  • Não ao parcelamento da PLR em mais de duas vezes
  • Manutenção das homologações feitas pelos sindicato para fiscalizar o devido pagamento dos direitos dos demitidos
  • Não à rescisão do contrato de trabalho em comum acordo, na qual os trabalhadores só perdem
  • Não ao limite à liberdade de expressão dos sindicatos e dos trabalhadores
  • Contra prêmios e bônus que não integrem os salários
  • Garantia dos centros de realocação e requalificação
  • Respeito à jornada de trabalho dos bancários como forma de preservação da saúde
  • CCT válida para todos os trabalhadores dos bancos
  • Que todos os trabalhadores da atividade-fim dos bancos sejam representados pelos sindicatos de bancários
  • Assinatura de termos de responsabilidade por parte do empregado não eximirá o empregados da responsabilidade com a saúde dos trabalhadores
  • Livre acesso dos dirigentes sindicais às agências digitais
  • Garantia da ultratividade (validade) da CCT até a celebração de novo acordo
  • Garantia de que as gratificações de função sejam incorporadas apos 10 anos de recebimento

Moções aprovadas durante a conferência
A 19ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou ainda moções contra o governo e suas atitudes golpistas. Uma delas é a moção de repúdio a reforma trabalhista, sancionada pelo presidente Michel Temer, na qual a classe trabalhadora e seus legítimos representantes – sindicatos e centrais sindicais – foram desconsiderados na discussão. Com isso, o processo atende apenas os interesses dos empresários e o desejo de reduzir custos e aumentar os lucros, além de gerar um enorme retrocesso no país.

No Senado, as senadoras Fátima Bezerra, Gleisi Hoffmann, Vanessa Grazziotin, Lídice da Mata e Regina Souza representaram os trabalhadores contra a aprovação do projeto e enfrentaram as manobras conduzidas pelo Senado. Em apoio e solidariedade às essas mulheres de luta outra moção foi apresentada.

Em Repúdio ao Banco Mercantil do Brasil. A moção foi criada para combater as práticas do banco, que já fechou agências em diversas cidades do país e demitiu centenas de funcionários, inclusive dirigentes sindicais. Para os bancários, essa atitude revela o ataque a liberdade e organização sindical.

Os trabalhadores também são contra as tentativas dos governos Sartori e Temer, ambos do PMDB, de privatizar o Banrisul, Badesul e BRB por conta do Regime de Recuperação Fiscal, apresentado pelo governo golpista como saída para a crise fiscal do estado. A moção é em defesa aos três bancos, que atualmente desempenham papeis fundamentais para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Sul do Brasil.

Moção de Repudio ao ataque ao Estado Democrático e de Direito no Brasil defende a punição exemplar de casos de corrupção de todos os envolvidos e que se julgam acima da lei seja presidente, juiz, parlamentar ou empresário. Os bancários repudiam o uso político da operação lava-jato na esteira da consolidação do golpe institucional, com vistas às eleições 2018.

Nesse contexto, a Moção Liberdade para Vaccari Já! repudia a manutenção da prisão preventiva e exige a imediata liberdade a um dos membros do Comando Nacional dos Bancários da CUT, João Vaccari Neto. Vaccari também é um dos fundadores da Contraf-CUT e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Em apoio ao ex-presidente Lula e sua condenação fraudulenta e sem provas, duas moções foram apresentadas, sendo uma delas com ênfase na ação popular para a anulação do impeachment.

Fonte: Seeb Jundiaí com Contraf-CUT e FETEC-CUT/SP

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