Nesta sexta-feira, apenas três bairros da cidade tinham agências abertas ao público; Comando Nacional se reúne na segunda-feira
As agências bancárias da avenida 9 de Julho, em Jundiaí, aderiam à greve do setor e interromperam o atendimento nesta sexta-feira, elevando o número de unidades fechadas na cidade para 57. Em toda a Região já são 104 agências paralisadas, número que representa 86% do total. Em Jundiaí, apenas os bairros Caxambu, Eloy Chaves e Vila Rami ainda contam com agências abertas.
A greve continua na segunda-feira e, segundo o Sindicato dos Bancários local, não há previsão de encerramento. “Chegamos ao 18º dia de campanha e isso revela a intransigência dos bancos, que se recusam a apresentar uma proposta satisfatória mesmo após terem lucrado R$ 30 bilhões em apenas seis meses”, destacou Dougas Yamagata, presidente da entidade.
Na segunda-feira, o Comando Nacional dos Bancários se reúne em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, para decidir os rumos da campanha salarial deste ano. “É importante que a categoria se mantenha mobilizada uma vez que a postura intransigente dos bancos deve ocasionar o crescimento da greve. É a maior paralisação dos últimos anos e esperamos que a nossa união resulte em uma proposta satisfatória para a categoria”, afirmou Yamagata.
O presidente do sindicato local ressaltou, ainda, que a campanha não é somente por um reajuste salarial adequado, mas também por mais contratações e melhores condições de trabalho para os bancários.
Reivindicações
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão reajuste salarial de 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real), além de melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários. Mais informações no site do sindicato (www.bancariosjundiai.com.br).
Proposta da Fenaban rejeitada na mesa de negociação do dia 09/09
Reajuste de 7% (representa perda de 2,39% para os bancários em relação à inflação de 9,62%).
Abono de R$ 3.300,00 (parcela única, não incorporado aos salários).
Piso portaria após 90 dias – R$ 1.474,05.
Piso escritório após 90 dias – R$ 2.114,43.
Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.856,31 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 2.163,31, limitado a R$ 11.605,13. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.531,27.
PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.326,63.
Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.297,99, limitado a R$ 6.963,08 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.163,31.
Auxílio-refeição – R$ 31,71.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 525,96.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 422,33.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 361,30.
Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício).
Gratificação de compensador de cheques – R$ 164,12.
Requalificação profissional – R$ 1.444,18.
Auxílio-funeral – R$ 966,02.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 144.500,53.
Ajuda deslocamento noturno – R$ 101,15.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região